O novo treinador do Leixões Tiago Fernandes revelou que "procuro voltar a trazer a mística ao Leixões" e que está "convicto que o Leixões tem todas as condições para realizar um bom trabalho", em exclusivo ao Mitchfoot.
"Procuro voltar trazer a mística ao Leixões, habituei-me desde jovem a acompanhar o futebol e quando via os jogos do Leixões sentia uma paixão enorme no estádio e é isso que quero trazer como treinador para esta equipa. Quero que os jogadores sintam que os adeptos estão connosco, todos a caminhar para o mesmo lado e isso é fundamental para que aceitasse este projeto. Conto com a ajuda dos adeptos que são o maior reforço para esta equipa", descreveu.
"Penso que qualquer treinador ambiciona treinar um clube como o Leixões pela sua história, pela sua grandeza e pela sua massa adepta. Estou convicto que o Leixões tem todas as condições e proporciona para realizar um bom trabalho e com a força dos adeptos tornará mais fácil a nossa tarefa dentro de campo", explicou.
O ex-treinador do Sporting, Chaves e Estoril especificou que o objetivo que foi lhe proposto pela direção da SAD leixonense passa por apresentar um clube que "entra em todos os jogos para vencer".
"O objetivo que me foi proposto é fazer do Leixões um clube organizado e competitivo, que deixe uma imagem de vontade, querer e ambição. Não vamos por perspetivas de subida de divisão porque este é um ano de reestruturação, mas vamos procurar que o Leixões entra em todos os jogos para vencer. O plantel que estamos a fazer e as condições que estamos a criar é para que o Leixões dentro de dois a três anos seja um clube ainda melhor nesse sentido", mencionou.
Tiago Fernandes especificou que passou uma mensagem aos novos jogadores do Leixões de que "este é um clube diferente", sendo que ao longo dos corredores e balneários do estádio existem "imagens dos adeptos".
"Infelizmente os adeptos poderão não estar presentes como gostariam, mas quando os jogadores entrarem em campo, devem sentir que os adeptos continuam a ser exigentes connosco e quem quer ser jogador de futebol num clube desta grandeza e desta dimensão, devem sentir que a exigência no Leixões é igual a de um clube grande em Portugal. Quem demonstra capacidade para jogar no Leixões tem capacidade
"Este ano estamos a reestruturar um pouco as condições, estamos a transformar este clube num clube melhor, a direção tem feito um esforço enorme nesse sentido, que o clube tem pernas para andar. O clube está a crescer e os jogadores tem de perceber isso porque são eles que podem levar o clube para a frente. É importante que os jogadores percebam desta exigência, porque muitos deles vão entrar numa Liga muito competitiva, difícil em que nem sempre as coisas correm como queremos", afirmou.
De acordo com o novo timoneiro leixonense, as dificuldades no imediato passam por "preparar a equipa para procurar "um fio de jogo em que eles se sintam confortáveis", pormenorizando que pretende ver no Leixões "uma equipa que tenha muita bola em todos os momentos e a procurar chegar sempre ao golo".
"As dificuldades no imediato é preparar a equipa para jogar de uma certa forma sabendo que vou receber 80% dos jogadores que na época passada anterior tiveram treinadores diferentes. Vamos ter 15 a 16 jogadores que na época passada trabalharam com treinadores diferentes. O desafio na pré-época é procurar um modelo de jogo, um fio de jogo em que eles se sintam confortáveis e que eles sintam esse estilo de jogo desde o primeiro dia", apontou.
"O que quero no Leixões é uma equipa que tenha muita bola em todos os momentos, a ter ambição, a procurar chegar sempre ao golo. Sabemos que a Segunda Liga, todos os adversários dificultam-nos sempre a vida. Temos de estar preparados para discutir qualquer jogo como se fosse uma final", referiu.
O técnico que chega a Matosinhos considera que "treinar o Leixões é sempre dar um passo em frente" e que vai estar "muito atento à formação", encarando a formação "como um investimento e não como uma despesa".
"Encaro a formação como um investimento e não como uma despesa, porque quando o clube investe na formação, temos de retirar fundos desse mesmo escalão. Sei que há três a quatro jogadores que estão preparados para discutir um lugar no plantel e nos 18. Com uma linha orientadora de trabalho e uma metodologia vamos conseguir potenciar mais jogadores da formação na equipa principal do Leixões", explicitou.
"Vou estar muito atento à formação e conheço muito bem os escalões, tenho um conhecimento grande desses jogadores. Há alguns jogadores dos escalões de formação do Leixões que já estão preparados para trabalhar na equipa principal, alguns num curto a médio prazo temos de os preparar para que possam chegar à equipa principal", acrescentou.
Tiago Fernandes refere que o plantel do Leixões para a época 2020/2021 vai ser "um misto de jogadores jovens e com muita experiência" e clarificou que no Leixões vai falar "muito ao coração dos jogadores".
"Vamos ter um plantel com um misto de jogadores jovens e com muita experiência também. Sou muito ligado aos jogadores porque passo muitas horas dentro do clube e a afinidade com os jogadores é grande. O jogador não deve ser só estudado dentro do campo do treino, no jogo, no balneário. Muitas das vezes o que levamos do futebol é as amizades que levamos. Vou continuar a ser igual. Vou continuar a ser exigente porque os jogadores também dão valor a isso", explanou.
"Gosto de fazer sentir aos jogadores que trabalhando de uma certa forma e ajudando-os a ter a informação mais pormenorizada, eles vão estar mais próximos do sucesso. Falo muito ao coração dos jogadores, não sou de inventar frases, porque os jogadores sentem quando fala ao coração", concluiu.
Tiago Fernandes comanda a equipa técnica composta por João Nuno (treinador adjunto) (ex-Cova da Piedade B), Gonçalo Ambrósio (treinador adjunto/analista) (ex-sub 17 do Pinhalnovense), Cristiano Couto (preparador físico) (ex-Varzim) e Paulo Cunha (treinador de guarda-redes), que já exercia funções.
Diogo Bernardino
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