Estádio do Mar, em Matosinhos:
II Liga (Jornada 24)
Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco)
Leixões 1-1 Farense
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: João Graça (46) e Ryan Gauld (83).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Ryan Gauld (21), Hugo Seco (40), Franco (48), Rui Pedro (57), David Sualehe (61), Harramiz (75), Amine (80) e Luís Rocha (90+2).
Leixões: Stefanovic, Zé Carlos, Pedro Pinto, Pedro Monteiro, Derick, Gonçalo Franco, Amine, João Graça (Harramiz, 70), Joca (Romário Baldé, 78), Avto e Rui Pedro (Bura, 89).
Treinador: Manuel Cajuda.
Farense: Hugo Marques, Matheus Silva (Miguel Bandarra, 85), Luís Rocha, Rafael Vieira, David Sualehe (Fábio Nunes, 61), Fabrício Isidoro, Lucca (Irobiso, 56), André Vieira, Hugo Seco, Ryan Gauld e Fabrício
Treinador: Sérgio Vieira
Exibição de grande nível merecia melhor destino final numa noite em que os leixonenses responderam em massa aos pedidos do clube e os jogadores retribuíram com uma das melhores partidas da temporada.
Com a presença de 4324 espetadores que deram uma boa moldura humana ao Estádio do Mar, depois da SAD anunciar entrada gratuita no estádio como forma de protesto pela decisão do acórdão do processo Jogo Duplo, o Leixões conseguiu apresentar um futebol de excelente qualidade frente a um candidato ao título.
O encontro promete estender-se bem para lá das quatro linhas e por alguns dias devido a alguns casos em que a interpretação do árbitro Carlos Xistra, que curiosamente apitou o encontro da primeira volta entre ambas as equipas, foi criticado de forma dura por vários elementos no jogo.
A formação leixonense entrou em campo com o mesmo onze que venceu o Benfica B, com Joca a 10 e Rui Pedro como ponta de lança móvel e com o regresso de Bura e Harramiz após lesão.
Moralizado pelo apoio das bancadas, o Leixões com mais intensidade, agressividade no bom sentido e melhor definição no último terço, mostram enormes evoluções desde que Cajuda tomou conta das rédeas há um mês.
Nos primeiros 15 minutos foi o Farense que entrou melhor na partida, pois precisava de pontos para não sair da liderança do campeonato, sempre com André Vieira, um jogador repentino em grande destaque.
Aos quatro, num lance em que parece o avançado Fabrício Simões estar em fora de jogo, remata rasteiro para uma boa defesa de Stefanovic, que só em uma ocasião quase borrava a pintura. Aos nove André Vieira continuou a colocar à prova a baliza leixonense.
A formação leixonense com algumas dificuldades em retirar a pressão exercida pela formação sempre teve em Avto e Rui Pedro jogadores rápidos, com boa visão de jogo, que flanqueiam por vários corredores, confundindo as marcações da linha defensiva do Farense.
Foi a partir desses dois elementos que começaram a surgir os primeiros lances de perigo para a formação matosinhense, com João Graça (14) e Rui Pedro (25) a darem muito trabalho a Hugo Marques.
O Farense esboçava bons lances, sempre que a equipa leixonense não conseguia travar o ritmo colocado pela linha ofensiva com constantes movimentações e tabelas, ao qual André Vieira (27) e Simões (39), chegaram a ameaçar a baliza.
Durante a primeira parte, o árbitro Carlos Xistra, que antes do encontro já não recolhia as melhores impressões dos adeptos e sócios leixonenses, algumas das ações que efetuou durante o encontro receberam uma assobiadela que era bem audível.
O árbitro interpretou por exemplo que o guarda-redes Stefanovic aos 29 minutos que estava a queixar-se de algumas dores na perna não devia estar no chão, o mesmo a Hugo Marques aos 39, entre outros momentos.
Com boa dinâmica, a tentar o golo pelos flancos, pelo meio, com bons cruzamentos, com boas movimentações quer em jogo organizado ou em contra-ataque, a insistência e a persistência acabaria por dar frutos no início da segunda parte.
Melhor entrada para o segundo tempo não podia ter o Leixões, cruzamento vindo da direita de Avto, corte defeituoso de um defesa do Farense e João Graça por entre os centrais a cabecear para o fundo das redes aos 46 minutos. Terceiro golo do médio no campeonato.
A partir daqui o Leixões dominaria o encontro com vários lances da autoria de João Graça, Joca, Rui Pedro, que tentaram chegar ao segundo golo para deixar ainda mais apreensivo um Farense que não encontrava formas de travar o ímpeto leixonense.
A partir daqui Cajuda mexeu na equipa com as entradas de Harramiz e Romário Baldé, para dar maior frescura no ataque leixonense e as mudanças constantes dos jogadores, com Avto e Romário a trocar de posições, como também Harramiz e Rui Pedro.
O Leixões tentava de tudo para chegar ao segundo golo, mas faltavam jogadores na zona de finalização ou qualidade na hora de acertar no último terço.
O Farense no único lance de perigo que teria na segunda parte conseguiu o golo. Lance que começa numa recuperação de bola, num lance em que Amine fica no chão a queixar-se na perna, ao qual o árbitro mandou seguir o jogo e depois o escocês Ryan Gauld com brio individual a empatar aos 83 minutos sem hipóteses para Stefanovic.
O Farense no único lance de perigo que teria na segunda parte conseguiu o golo. Lance que começa numa recuperação de bola, num lance em que Amine fica no chão a queixar-se na perna, ao qual o árbitro mandou seguir o jogo e depois o escocês Ryan Gauld com brio individual a empatar aos 83 minutos sem hipóteses para Stefanovic.
O Leixões é nono classificado com 33 pontos e na próxima semana, até ordem em contrário devido ao coronavírus, os matosinhenses vão ao terreno do último classificado, o Casa Pia, no domingo às 15:00.
Fonte das Fotos: Duarte Rodrigues/Joaquim Teixeira
Diogo Bernardino
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