Estádio do Mar, em Matosinhos
II Liga Jornada 22
Árbitro: Miguel Nogueira (AF Lisboa)
Leixões 0-0 Covilhã
Ao intervalo: 0-0
Cartões: Amarelo para Daffé (74), Deivison (83 e 90+2) e Franco (90+1) e André Claro (90+4). Vermelho por acumulação de amarelos para Deivison (90+2).
Leixões: Igor Stefanovic, Zé Carlos, Pedro Pinto, Bura (Pedro Monteiro, 29), Derick Poloni, Amine, Gonçalo Franco, Joca (Thiago, 71), Avto, Romário Baldé (Vítor Bruno, 60) e André Claro.
Treinador: Manuel Cajuda.
Sporting da Covilhã: Carlos Henriques, Tiago Moreira, Brendon, Jaime Simões, Daniel Martins, Filipe Cardoso, Gilberto, Mica (Rodrigo António, 89), Rodrigo Martins, Kukula (Deivison, 77) e Jean (Daffé, 67).
Treinador: Daúto Faquirá.
O Leixões começou muito mal o encontro, depois estabilizou, criou oportunidades e depois de um jogo dividido na segunda parte, os matosinhenses conquistam mais um ponto rumo a um novo objetivo na época: a melhor classificação dos últimos oito anos.
O encontro teve alguma chama só a partir dos 27 minutos, pois o colete de forças de ambas as equipas estavam a anular com eficácia os lances do encontro.
O Leixões perdeu dois pontos num jogo que podia ter feito muito mais para levar a vitória. Em alguns momentos, a equipa parecia não ter forças para caminhar e falhavam alguns passes primordiais com facilidade e o sistema tático introduzido no início do encontro não estava a resultar.
Em dia de estreias de Joca e Thiago no plantel do Leixões, que pela primeira vez não apresentou Harramiz por lesão, o médio cedido pelo Rio Ave só a partir do minuto 30 começou a dar amostras do seu enorme talento como número 10 da formação leixonense.
O 4x4x2 do Leixões com Joca a segundo avançado não estava a dar resultado, pois faltavam linhas de passe e de forma estranha a equipa perdia os passes, muito mérito do Covilhã que travava as iniciativas do adversário.
Joca fez uma partida vistosa, visto que só tinha cinco dias de treino, depois da microrutura, fazendo a bola circular por todos os lados, com a equipa a fazer constantes motivações para apanhar de forma desprevenida o adversário.
Um ritmo muito baixo fazia que o jogo tornasse algo desinteressante, com o Covilhã a apostar muito bem pelas alas, mas sem conseguir lances de perigo. O Covilhã criou as primeiras oportunidades por Tiago Moreira aos 24 e por Rodrigo aos 27.
O Leixões teve uma grande contrariedade aos 28 minutos de jogo com a lesão do central Bura num lance em que Joca até ia sair para dar o lugar a Paná, sendo que Cajuda trocou rapidamente de ideia para colocar Pedro Monteiro que fez o melhor jogo nesta temporada.
Bura não deve ir a jogo no encontro com o Benfica B, sendo de esperar se João Pedro recupere a tempo ou Ricardo Teixeira dos sub-23 possa ir a jogo.
A partir dos 30 minutos a equipa mudou de tática de forma a surpreender o adversário.
O Leixões teve depois por cima do jogo nos últimos 15 minutos da primeira parte com Joca aos 30 a fintar três adversários e a por à prova Carlos, André Claro aos 33 que falhou à boca da baliza e aos 36 Amine após uma excelente jogada de Joca rematou com selo de golo, mas Carlos a travar o lance com uma grande defesa.
A formação do Covilhã esteve melhor no início da segunda parte, com muitas incursões no ataque e aos 59 Rodrigo uma das melhores peças do xadrez da Covilhã, flanqueou da direita para o centro e esteve perto de apontar golo, se não fosse Stefanovic a aplicar uma excelente intervenção.
O processo ofensivo não é aquilo que ainda pode vir a ser o Leixões, mas é aquilo que até ao momento é. Com limitações e com dificuldades, o ataque leixonense está em fase de construção e ainda se está à procura de um sistema que possa dar garantias de construção do jogo, de maior fluidez com a bola.
Mesmo com poucos lances de perigo, a formação 'leixonense' e 'serrana' apostaram em criar boas dinâmicas ofensivas e defensiva dando um recital de bom futebol a rasgos.
Derick Poloni a partir dos 60 minutos subiu no terreno para dar um maior balanço ofensivo à formação leixonense para tentar ultrapassar os defesas laterais do Covilhã que estavam a fazer uma boa partida.
A partir daqui foi um jogo de parada e resposta com cabeceamentos de Pedro Pinto aos 61 e 74 para o Leixões e de Mica aos 70 e Daffé aos 79 para o Covilhã.
No final Amine e Rodrigo tiveram lances que podiam ter dado a machadada final no encontro.
Thiago dos sub-23 aos 71 entrou em campo e como era de esperar, teve dificuldades em entrar no estilo de jogo do Leixões.
Até final, imperou o nulo que determinou o resultado final.
O Leixões é 11.º classificado com 29 pontos e na próxima jornada, vai ao terreno do Benfica B, sexta-feira às 16:00.
Fonte das Fotos: Duarte Rodrigues
Diogo Bernardino