GAITEIRO
“ O SÃO MARTINHO PREFERE UM TÉCNICO COM O MESMO PERFIL DO MEU”
COMO SE PODE ENTER ESTE FUTEBOL (MAL DIRIGIDO)
António Gaiteiro treinador de futebol, natural de Matosinhos 63 anos, um dos mais conceituados do futebol matosinhense, de repente e sem nada para que o fizesse prever sai da A R de São Martinho clube que disputa a Divisão de Elite Pró Nacional da A F do Porto.
Apos a sua inesperada saída do comando técnico da turma campense, e a pedido do Blog Mitchfoot Futebol de Matosinhos, o mister concebeu falar em exclusivo sobre a sua saída e nos recebeu na sua humilde casa com a disposição e amizade que o destaca dos demais.
MITCHFOOT - Antes de falarmos da sua ligação com o São Martinho, fale-nos um pouco de si… do seu percurso como treinador…
ANTÓNIO GAITEIRO – “ Comecei a minha carreira de treinador adjunto do Mister Pinhal ao serviço do G.D. Café Lisbonense, para depois assumir como treinador principal, época de 1990/91, obtendo um honroso 3º lugar, depois seguiu-se o Juventude de Matosinhos durante as épocas 91/92 a 95/96, terminando sempre nos lugares cimeiros, a seguir na época 96/97, tive o prazer de treinar o AT Clube de Rechousa, 3º lugar, em 97/98 regresso ao futebol de Matosinhos, para treinar o G.D. Leões da Agra, até 2001/02, época que atingi o bonito recorde de 27 vitórias em 27 jogos, que me valeu o nome inscrito no Guinness, depois de me consagrar campeão e vice-campeão em cinco anos. 2002/2003 e 2003/2004, o Sport Progresso, com um 4º lugar, entre 2003/2004 a 2006/2007, três anos de interregno para descansar, para depois surgir o convite do Custóias Futebol Clube em Dezembro de 2006 para conseguir a manutenção, na época seguinte, 2007/2008, com um grupo fantástico conseguimos a subida à divisão de honra da A.F. Porto, feito de que muito me orgulho, 2008/09, ainda com o Custóias, na Divisão de Honra da A.F. Porto, ano seguinte paragem parar reflexão, até que surge o convite do G D Leça do Balio, Outubro de 2010, clube onde me encontro, com o que me foi pedido pela direcção, atingido, manutenção do clube na 1ºdivisão da A.F. Porto. Seguindo-se depois talvez e digo-o com alguma segurança, não menosprezando todos os clubes por onde passei, os melhores tempos como treinador, onde conseguimos em duas temporadas levar o FC Perafita, da primeira distrital ao Campeonato Nacional de Seniores. Por último a A R São Martinho”
M – O que de melhor recorda desta carreira que aos poucos se tem revelado bastante positiva?
AG – “ 2001/02, época que atingi o bonito recorde de 27 vitórias em 27 jogos, que me valeu o nome inscrito no Guinness, a segunda época (2007/2008) no Custóias, em que subimos à honra e que guardo com carinho e sem dúvida as duas épocas que passei no Perafita, onde encontrei uma verdadeira casa um grupo de excelentes jogadores que me ajudaram imenso “
M - Tem algum treinador como referencia?
AG – “ Não sou vaidoso, quem me conhece bem, sabe que não tenho qualquer tipo de vedetismo, podia estar aqui a nomear-te treinadores sobejamente conhecidos, mas não! a minha humildade e a minha sinceridade, leva-me a dizer-te, que o Treinador, que me lançou nestas lides, o mister Pinhal, no G D Lisbonense, é nele que me revejo, pois com ele aprendi bastante e ainda hoje passados 20 anos, com o meu cunho pessoal, ponho em prática alguns métodos de então.”
M – Mister vamos ao que nos trouxe até aqui…como é que inesperadamente o Gaiteiro rompe a ligação com o são Martinho?
AG – "Bem, parece ser um pouco estranho, mas o facto é que já não sou treinador do são Martinho, depois de conseguir um honroso 5º lugar a época passada e chegar as meias finais da Taça, como uma equipa construída para a divisão de honra, em minha opinião é notável. Esta época estar nos lugares de dizem respeito à subida (2º classificado da divisão elite), nunca perdendo em casa (em 7 jogos apenas um empate), depois de conseguir um esprito de vitória depois de fazer com que os campenses fossem respeitados fora de portas, com um cultura de vitória, nunca antes vivida em são Martinho nos últimos tempos(…)de repente vejo a porta de saída escancarada à minha frente…de facto e depois do jogo em Rebordosa as coisa ficaram muito complicadas e o meu trabalho de alguma forma estava a ser perturbado(…) tenho uma óptima relação com os dirigentes do clube, mas há coisas no futebol que enquanto líder não posso permitir (…) nas minhas equipas só jogam, quem de facto o justifica com trabalho produzido durante a semana, que me dêem garantias de qualidade física e técnica para poderem jogar ao domingo, e isso é bem claro e não abdico! Não posso permitir que outros assuntos que venham do exterior e de fora do balneário consigam “ minar ” o grupo e destabilizar o mesmo ao ponto de tentarem pressionar as escolhas para o onze de domingo.
Para meu espanto, depois do primeiro treino apos a derrota no Padrão da Légua, as coisas estavam bem e nada fazia prever o aconteceria no dia seguinte (terça feira última). Os dirigentes do são Martinho fizeram questão de se deslocaram ao meu habitat ( a Matosinhos), para me informarem de que gostariam de me substituir, dizendo que fiz um óptimo trabalho mas que gostariam de arranjar um técnico com o mesmo perfil (o que não percebi…risos), é verdade e isso não posso negar, que me encontrava já com algum desgaste físico e psicológico (as viagens estavam a ser saturantes e desconfortáveis), e decidi de pronto aceitar a desvinculação.
Foram dois anos bem passados, com a consciência do dever cumprido, fico grato pela oportunidade dada, fiquei adepto campense sem dúvida, fui muito bem tratado em são Martinho, e quem sabe um dia poder voltar.
M - E agora vai descansar ou vai estar atento a que o telefone toque?
AG – “ O futuro a Deus pertence, sabes que quem anda no futebol, precisa também de sorte, mas também não estou preocupado com o meu regresso ao futebol, tenho um crédito que me permite poder encarar o futuro com optimismo, não estou desesperado…aliás preciso de descansar, de recuperar algumas energias, perdidas com estas duas épocas vividas em São Martinho, como aliás te disse atrás as viagens são muito cansativas e saturantes até. Vou esperar para ver o que acontece e até lá vou apreciar o futebol de uma forma diferente (como simples anonimo que gosta de futebol)
M – Mister, como foi jogador do SC Senhora da Hora, questiono-lhe se um dia gostava de treinar o clube senhorenses?
G – “ Em Matosinhos, falta treinar o Padroense, Leça, Lavrense e Leixões e Infesta, é óbvio que gostaria de um dia vir a treinar qualquer daqueles que faltam no meu percurso de treinador, mas posso te dizer em primeira mão que vou acabar, não sei quando…, mas vou acabar a minha carreira no SCS Senhora da Hora, habito bem defronte ao estádio e tenho muita estima pelo seu presidente Vasco de Carvalho e por todos senhorenses dos quais me incluo pois já sou sócio do SCS Hora”.
M - Em abono da verdade, todos os treinadores tem os seus adjuntos, pessoas em que se pode confiar a cem por cento, o mister não foge à regra, quer falar-nos um pouco daqueles que dia a dia trabalham consigo e que de alguma forma são em momentos oportunos também os seus olhos…
AG – “ Eles são um grande elo de ligação entre mim e o plantel, o Manuel Marques, é um estudioso do futebol, muito organizado e muito profissional…o Manuel Pinhal é um rapaz excelente tem um perfil único, capaz de se por ao nível dos jogadores quando é preciso, mas acima de tudo somos uma equipa para além de sermos bons amigos.
M - Por último quer deixar uma mensagem aos desportistas e amantes do futebol de Matosinhos?
G – “ Quero deixar um mensagem de esperança a todos principalmente os que comigo, diariamente trabalham, e dizer-lhes que com seriedade e atitude e muito profissionalismo, conseguiremos alcançar todos os nossos sonhos. Feliz Natal para todos e um ano novo cheio de saúde e prosperidade”
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