RÁDIO CIDADE MATOSINHOS

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

LEÇA FAZ HISTÓRIA E ESTÃO NOS 'QUARTOS' DA TAÇA

Estádio do Leça FC

Oitavos de final da Taça de Portugal

Árbitro: João Gonçalves (AF Porto)

Leça 1-1 Paredes (6-5 g.p.)


Ao intervalo: 1-1

No final do prolongamento: 1-1

Marcadores: Nani (27’), Ismael (41’, g.p.). Nos penáltis, marcaram para o Leça Diogo Ramalho, Rui Bruno, Luís Neves, David Calderón, Nuno Barbosa e Gustavo Galil. Para o Paredes marcaram Henrique, Gil Barros, Rúben Pereira, Joel Barbosa e Nilo.

Ação disciplinar: Cartões amarelos para Amadeu (9’ e 118’), Jorge Monteiro (33’), Francisco Afonso (70’), Milhazes (86’), Diogo Ramalho (86’), Nani (97’), Luís Neves (107’), Rúben Pereira (nos penáltis). Vermelho para Amadeu (118’).


Leça: Gustavo Galil; Joel Mateus, Materazzi, Rui Bruno, Álvaro Milhazes (David Calderón, 120’); Henrique, Diogo Ramalho, Luís Neves; Jorge Monteiro (Nuno Barbosa, 64’), Nani (Paulo Lopes, 107’), Miguel Lopes (Aboubacar Katty, 64’). 

Treinador: Luís Pinto.


Paredes: Marco; Francisco Afonso (Piquet, 77’ [Joel Barbosa, 110’]), Amadeu, Henrique, Gil Barros; Tavares, Ema; Ismael, Hélder Pedro (Andrézinho, 68’), Pedro Correia (Rúben Pereira, 110’); Madureira (Nilo, 68’). 

Treinador: Eurico Couto.


O Leça faz história e está entre os oito melhores clubes da prova rainha da Taça, onde Gustavo Galil agigantou-se mais uma vez e foi o herói leceiro ao marcar a grande penalidade decisiva.

Gustavo Galil voltou a vestir o fato de herói como Ricardo no Euro'2004 em 24 de junho desse ano, no Estádio da Luz, em Lisboa, com a Inglaterra e após defender duas grandes penalidades, bateu a bola que levou os leceiros à próxima fase da prova.

"Fui eu que pedi para marcar. Era a sétima cobrança e vi uma indecisão muito grande no meio-campo para ver quem ia cobrar. Estava muito confiante, preparado e tinha treinado durante a semana. Na hora em que vi ali aquela indecisão e ninguém queria bater, falei eu. Pude ser feliz e ajudar a equipa", revelou aos jornalistas. 

Com este triunfo o Leça continua com o sonho da Taça e alcança dois feitos. 

Igualando a sua melhor prestação de sempre na Taça de Portugal 26 anos depois de 1995 e o que nenhuma outra equipa conseguia desde 99/2000, representar o quarto escalão do futebol nacional nesta fase da prova, igualando o feito do Dragões Sandinenses.

Em relação ao jogo com o Espinho Luís Pinto colocou em campo dois novos elementos: Gustavo Galil e Jorge Monteiro nos lugares de João Pinho e Nuno Barbosa.

Num jogo que teve a presença do VAR e que foi equilibrado, a formação leceira começou melhor a partida quando logo aos três minutos Miguel Lopes remata ao ferro. O extremo português recebeu, virou-se para a baliza e encheu o pé, onde só a barra impediu o que seria um golaço.

A formação leceira com mais bola no jogo, tinha qualidade e critério na maneira como conduzia os seus ataques ofensivos. Só quando tinha certeza é que os jogadores leceiros faziam os passes, perante um Paredes que se bateu com boas armas, com qualidade defensiva.

Vários jogadores do Leça foram peças-chave nos momentos ofensivos e defensivos, com várias combinações pelos corredores laterais e com qualidade técnica com a bola. 

Luís Neves aos 11 a rematar e a bola a sair ligeiramente por cima e Miguel Lopes aos 21 a atirar em jeito e Marco Ribeiro a jogar pelo seguro.

O Leça com mais bola, fez o seu trabalho de casa, com os lances de bola parada bem estudados, perante um Paredes que juntava bem as linhas e não permitia à formação leceira criar o jogo fluído que pretendia.

O Paredes só respondeu aos 24 minutos quando Ismael desmarcou Correia na área com um toque de primeira e a bola a passar rente ao poste.

O golo leceiro que vinha a merecer acabaria por chegar após o primeiro lance de perigo da formação orientada por Eurico Couto.

Aos 26 jogada em que o Leça através de bola parada, com Luís Neves a bater a bola para a área onde surgiu Nani a rematar de primeira, com a bola a acabar por desviar num defesa e por entrar na baliza de Marco Ribeiro. 

Uma enorme explosão de alegria numa casa composta por uma bela moldura humana, apesar do horário do jogo.

A formação de Paredes acusou o golo durante alguns minutos, mas conseguiu equilibrar a partida e ter mais bola e chegar mais vezes ao último terço. Começou a criar mais espaço e os extremos a pressionar mais um bocadinho.

A vantagem leceira durou 10 minutos, quando Amadeu que conseguiu desviar em esforço uma bola que saiu ao lado, o VAR analisou um possível penálti a favor do Paredes.

Num lance que passou ao lado de João Gonçalves, o VAR viu um braço na bola de Henrique Martins na área do Leça. Após vários minutos de suspense, foi ordenada a marca da grande penalidade, com Ismael na marca dos 11 metros com frieza a empatar a partida aos 41 minutos.

O Paredes passou por um duplo calafrio até ao final da primeira parte, quando num livre estudado do Leça, Marco Ribeiro fez uma grande defesa e na recarga Pedro Ribeiro deu o corpo às balas e cortou para canto.

O VAR analisou se havia possível mão na bola na sequência do lance anterior, com o árbitro a mandar seguir, mas o lance deixou muitas dúvidas se seria ou não grande penalidade a favor do Leça.

Numa bela primeira parte de futebol, aonde se promoveu a qualidade que existe no Campeonato de Portugal, a segunda foi muito menos emocionante, com a bola mais longe das balizas e jogada maioritariamente a meio-campo.

O Paredes mais estabilizado, soube encontrar a zona de confronto, defender em bloco baixo e apostar nas transições rápidas.

O Leça apesar de ter mais bola, não tinha muita velocidade nos processos ofensivos e nem criava lances de muito perigo.

Ambas as formações tinham mais medo de sofrer um golo e cair na eliminatória. Arriscou-se muito pouco, onde se contam as oportunidades de golo pelos dedos de uma mão.

Aos 60 pelo Paredes Ismael recebeu de Tavares dentro da área, driblou um adversário e rematou em jeito. Saiu ligeiramente por cima. 

Aos 75 pelo Leça Buby Katty recebeu na direita da área do Paredes, puxou para o pé esquerdo e rematou. Marco Ribeiro encaixou.

O lance de verdadeiro perigo ocorreu aos 89 quando Luís Neves tentou o livre direto e a bola ia em direção aonde a coruja more, mas Marco Ribeiro fez uma grande defesa.

Sem muita surpresa, o jogo foi para prolongamento, onde a primeira parte foi praticamente idêntica aos segundos 45 minutos do tempo regulamentar.

Nos segundos 15 minutos do prolongamento, os últimos minutos foram frenéticos, onde a formação do Paredes acaba por ser mais pressionante e o Leça não esteve tanto no meio-campo defensivo do adversário.

Teve aos 117 uma soberana oportunidade a equipa de Eurico Couto para marcar quando Rúben Pereira rematou no coração da área e Galil fez uma grande defesa.

Aos 119 Amadeu viu o segundo amarelo por travar um contra-ataque e acabou por ver o vermelho. Com uma atitude digna do capitão do Paredes, que após ser expulso, cumprimentou o árbitro da partida.

O bilhete para os quartos de final da Taça teve de ser resolvido nas emoções que são os pontapés da marca de grande penalidade.

Neste capítulo o Leça foi mais competente e venceu o Paredes por 6-5, aonde Gustavo Galil foi novamente gigante.

"Até estava a dizer para deixarem ir o Gustavo que isto acabava. Senti-o mesmo confiante. É um jogador que confia muito nas suas capacidades. Quando vi que ele ia bater, fiquei muito confiante", vincou o técnico Luís Pinto à comunicação social no final do jogo.


Fonte da Foto: Leça FC


Diogo Bernardino

Sem comentários:

Enviar um comentário


LEIXÕES SC EQUIPAS DE SONHO

LEIXÕES SC EQUIPAS DE SONHO



LEÇA FC EQUIPAS QUE FIZERAM HISTÓRIA

LEÇA FC EQUIPAS QUE FIZERAM HISTÓRIA


FC INFESTA GRANDES EQUIPAS

FC INFESTA GRANDES EQUIPAS


PADROENSE FC EQUIPA QUE SUBIU Á II NACIONAL

PADROENSE FC EQUIPA QUE SUBIU Á II NACIONAL

SC SENHORA DA HORA EQUIPAS

SC SENHORA DA HORA EQUIPAS


CUSTÓIAS FC AS SUAS EQUIPAS

CUSTÓIAS FC AS SUAS EQUIPAS

UD LAVRENSE A MELHOR EQUIPA

UD LAVRENSE A MELHOR EQUIPA


FC PERAFITA AS SUAS EQUIPAS

FC PERAFITA AS SUAS EQUIPAS


D LEÇA DO BALIO

D LEÇA DO BALIO

OS LUSITANOS SCFC

OS LUSITANOS SCFC