O avançado Pedro Oliveira que representa o Padroense revelou que "sinto que tenho uma família neste clube" e que caso o mister e o presidente queiram este vai continuar a jogar, em exclusivo ao Mitchfoot.
MF - O que achas da decisão da AF Porto?
PO - Tenho a certeza que a AFP tomou esta decisão de forma ponderada. Claro que nós jogadores, gostamos de jogar e de resolver a classificação dentro das 4 linhas, mas ninguém estava preparado para este vírus. Independentemente da decisão que tomassem, nunca iria ser consensual, por isso só nos compete aceitar e esperar que esta situação passe o mais depressa possível.
MF - Como descreves a tua temporada a nível de equipa e pessoal?
PO - Acho sempre que posso fazer melhor. Participei em muitos jogos e ajudei a equipa no que pude, dentro como fora do campo. Este ano até tive a experiência de jogar a defesa e correu muito bem. A nível coletivo, podiamos fazer mais qualquer coisa. O Padroense é uma equipa referência nesta divisão, por isso , não obstante termos uma das médias de idade mais baixas, temos sempre de ter ambição de andar nos lugares cimeiros.
MF - Como é que tens lidado com a situação?
PO - Lidar com esta situação tem sido complicado. Passo 7 dias por semana no Padroense e sou uma pessoa ativa pelo que ter de estar em casa, não foi fácil de aceitar. Mas cumpri e cumpro com o que foi/é pedido à sociedade.
MF - Como tem sido a adaptação ao teletrabalho?
PO - Para mim, estar em casa, tem sido útil para atualizar os documentos que preciso para finalizar o curso de treinador em que estou envolvido. Ao mesmo tempo, tenho a minha filha que está com aulas pela internet pelo que tenho de estar muito mais ativo nas atividades propostas pelos professores.
MF - Como é que fazes o plano de treinos?
PO - Continuo a treinar todos os dias. Não há dias off. Vou sempre ao final do dia quando não há ninguém na rua e faço muito trabalho de subidas. Também estou habituado a dar treinos pelo que preparo uns circuitos de força, sprints e coordenação na garagem e em casa finalizo com abdominais e reforço muscular.
MF - Já deves ter saudades do relvado?
PO - Tenho muitas saudades do relvado, claro. As pessoas costumam-me perguntar porque razão, aos 38 anos, continuo a jogar. E tem mesmo a ver com isso: "cheiro" do relvado, do balneário. Ainda tenho muita vontade de treinar e jogar, mesmo que agora tenha mais idade, nunca me falta vontade e espírito de sacrifício!
MF - Gostarias de continuar no clube e porque?
PO - Nos outros anos, tive sempre propostas para sair do Padroense. Mas escolhi esta casa porque me sinto bem e porque sinto que tenho uma família neste clube! Claro que o futebol é como um casamento, é preciso as 2 partes quererem e isso tem sido sempre fácil de resolver. Desde que o Mister precise de mim e o presidente me queira no relvado, vou jogando e tentando evoluir!
MF - Que mensagem queres deixar aos adeptos do futebol de Matosinhos e em particular ao do teu clube?
PO - Aos adeptos de de futebol de Matosinhos e aos do Padroense em particular, só tenho de pedir que continuem a respeitar o que é pedido pela DGS. Temos sido exemplares. Vamos continuar até erradicar de vez este vírus. Temos de ser uns para os outros para voltarmos a jogar/ver futebol no nosso concelho quanto antes! Agradeço ao Mitchfoot a nomeação para melhor jogador, dar os parabéns ao Dr. Vasco Pinho, Jardel, Moreira e Jinho pelas vitórias nas categorias e agradecer também pelo esforço que vocês têm feito para nos "alimentar" de futebol com entrevistas e conversas.
Fonte da Foto: Padroense
Diogo Bernardino
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