O defesa central e capitão do Infesta André Ribeiro revelou que pretende continuar toda a sua carreira no clube "enquanto a minha vida pessoal permitir", em exclusivo ao Mitchfoot.
MF – O que achas da decisão da AF Porto?
AR – Penso que foi a melhor decisão para todos, tendo em conta tudo o que vamos vendo diariamente na televisão, redes sociais, etc. Nada é mais valioso e importante que a vida Humana e se as competições foram canceladas para poder combater este vírus, julgo que foi o mais correto.
Pessoalmente, além do receio que ia acabar por ter sabendo o que se sabe hoje, não me ia sentir bem a continuar a “dar uns chutos na bola,” enquanto que diariamente, se perdem vidas em todo o Mundo.
MF - Como descreves a tua temporada a nível de equipa e pessoal?
AR – A nível de equipa, esperava que conseguíssemos melhorar os nossos resultados mais cedo e sair rapidamente da posição em que estávamos no Campeonato. A verdade é que a equipa era praticamente nova, apenas mantendo a habitual espinha dorsal, mas é natural que leve sempre o seu tempo, conhecer as ideias da equipa técnica (que por sinal foram duas), ganhar rotinas entre jogadores, etc. Foi um ano para todos aprendermos, principalmente, para podermos estar mais bem preparados na próxima Época.
A nível pessoal, penso que foi uma época tranquila da minha parte. Em bem dizer, ao que penso já ter habituado as pessoas que seguem o Clube. Sem grandes destaques individuais, mas a cumprir com o que me era pedido. Como capitão de equipa, procurei dar sempre o exemplo aos mais novos sendo rigoroso nos treinos, passar a mística, valores e o orgulho que deve de existir em cada jogador que represente o Infesta e acredito que no cômputo geral, os meus colegas o entenderam.
MF – Como é que tens lidado com a situação?
AR – Neste momento, já consigo lidar minimamente bem com a situação do vírus. É natural que muitos dos nossos hábitos tenham mudado, mas a prevenção assim o obrigou.
MF - Como tem sido a adaptação ao teletrabalho?
AR – A adaptação ao teletrabalho tem corrido bem. Nos inícios, muita coisa se altera quando se trabalha numa Empresa com mais de 50 funcionários e tudo é um pouco reformulado. Tive de me adaptar, como a grande maioria dos meus colegas e ajustar o que era habitual num dia de trabalho e saber aplicá-lo da melhor maneira, a partir de casa.
MF - Como é que fazes o plano de treinos?
AR – Sinceramente, não faço. Não tenho um plano de treinos formulado, mas vou praticando desporto todas as semanas de forma a não ser um choque tão grande para mim, tendo em conta a minha fisionomia. Procuro também ter cuidado com a alimentação, mas não é fácil, na maior parte das vezes...
MF - Já deves ter saudades do relvado?
AR – Tenho muitas. Faz parte da minha vida desde os 7 anos. Tenho saudades de estar com os meus colegas no balneário, de lhes dar umas patadas, cachaços (risos), de tudo o que envolve uma equipa de Futebol. Aqui incluo, como é óbvio, aquelas pessoas que diariamente e á anos fazem parte do dia a dia de quem nos ajuda nos Seniores do Infesta, como é o caso do nosso Tio Teixeira, do Sr. Américo, entre outros. Sinto falta disso tudo.
MF - Gostarias de continuar no clube e porque?
AR – Sim, pretendo continuar no Clube enquanto a minha vida pessoal assim o permitir. É o meu Clube de coração e em breve será anunciada a minha continuidade no Infesta.
MF - Que mensagem queres deixar aos adeptos do futebol de Matosinhos e em particular ao do teu clube?
AR – A mensagem que passo a todos os adeptos do Futebol de Matosinhos, é que continuem a apoiar os seus Clubes, que marquem presença nos Estádios, que assim o Futebol será sempre muito mais bonito. Aos adeptos e associados do Infesta, apenas peço que apoiem o Clube nas várias modalidades, se tornem sócios do mesmo porque 4€ por Mês não é nada e estamos a ajudar um Clube que infelizmente, ainda atravessa grandes dificuldades financeiras. Apoiem o Clube da vossa terra, que muitas alegrias já deu a esta Cidade.
Fonte da Foto: Infesta
Diogo Bernardino
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