O presidente da SAD do Leixões Paulo Lopo revelou que apresentou ao plantel proposta para receber os salários por inteiro mas de forma faseada, que "os jogadores tem de contribuir para a recuperação económica", em declarações à Renascença.
"O futebol é um negócio, contribui para a economia, é gerido, nos clubes, por SAD's em moldes empresariais e, por isso, os jogadores são funcionários como outros quaisquer. Ou seja, terão de estar sujeitos a estes mecanismos, mas, acima de tudo, dispostos a sacrifícios", mencionou Paulo Lopo.
"Os jogadores quiseram esperar pelas negociações entre o Sindicato e a Liga, que não chegaram a bom porto. O Sindicato achou que os jogadores não tinham de abdicar de nada, mas toda a gente tem de abdicar de alguma coisa para não colocar em causa o futuro. Temos um mecanismo legal, que é recorrer ao 'lay-off'. O Leixões é uma empresa e, se os trabalhadores de fábricas, comércio e restauração também terão de o fazer, os jogadores, que têm um ordenado muito maior, não são mais do que os outros e também o podem fazer", descreveu.
O presidente da SAD do Leixões afirmou que a decisão dos jogadores em não aceitar a proposta não surpreendeu.
"Deixa-me triste, mas é a realidade do futebol. Os jogadores não têm amor ao clube nem à camisola. São profissionais, pensam na sua vida e não estão dispostos a fazer sacrifícios pelos clubes. Mesmo aqueles nascidos e criados no clube que, na minha opinião, às vezes até são os piores. Mas não me surpreende porque acho que é um procedimento normal nos jogadores", apontou.
Paulo Lopo revelou que está disposto a ouvir os jogadores que queiram rescindir os contratos "terão garantias para o fazer sem custos acrescidos para ambas as partes".
"Há uma grande consciência dos clubes em tentar resolver as coisas a bem. A Liga e a Federação desenvolveram um trabalho extraordinário para aglutinar todas as posições. Não foi possível porque só nós é que estávamos dispostos a ceder e o Sindicato dos Jogadores não estava disposto a ceder. Os jogadores têm de contribuir para a recuperação da economia do país como todos os outros", insiste.
Caso o lay-off seja aceite, pela suspensão dos contratos de trabalhadores, o estado vai ajudar o Leixões em 70% do pagamento durante um mês desde o início do processo legal.
O máximo que os jogadores podem ganhar são 1905 euros brutos por mês e o mínimo de 635 euros (o salário mínimo nacional).
O lay-off pode ser prorrogado por mais três meses, ou seja, caso ele seja aceite em abril, em maio a SAD do Leixões pode pedir a continuação da ajuda vinda do Estado até julho.
Em setembro que está previsto a pré temporada 2020/2021 segundo indicações da UEFA e segundo os meios de comunicação como a SIC há um pré acordo para que o campeonato começa em outubro, o que leva à suspensão da Taça da Liga, que a meia final da Taça seja a uma mão e à paragem de Natal, o que dá a indicar um 'boxing day' à portuguesa.
Fonte da Foto: DR
Diogo Bernardino
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