O presidente da SAD do Leixões salientou que os jogos de futebol deveriam regressar em abril "mas à porta fechada" como forma de valorizar os jogadores, em declarações ao Jornal Record.
"Agora não devíamos voltar por uma questão de saúde pública. Mas em abril os jogos deviam voltar à porta fechada e com controlo da nossa parte. Se os jogadores forem monitorizados de x em x tempo, tendo as preocupações normais é igual fazer um jogo de futebol ou fazer outra coisa qualquer. Nós temos controlos sobre os nossos atletas. Temos de pensar num futuro próximo para que em abril por exemplo possamos voltar a jogar e a treinar", apresentou.
Paulo Lopo frisa que o governo "não está preocupado com o futebol" e que na sua opinião que os jogos de futebol num curto espaço de tempo é um pouco diferente "das situações que ocorrem no dia a dia"
"A minha opinião é que, num certo espaço de tempo, 22 jogadores em campo, completamente monitorizados, que têm uma saúde totalmente robusta, é um pouco diferente das situações que ocorrem no dia a dia. Comparativamente a outros problemas que existem, é diferente ter 22 jogadores em campo e ter 200 pessoas a viajar de avião. E os aviões continuam a andar", afirmou.
"Digo o porque neste momento já deu para ver que o governo não está preocupado com o futebol. E face a isso nós agentes desportivos temos de estar. Naturalmente, isto porque não havendo jogos não há televisão mas há compromissos e responsabilidades que nós temos de manter e respeitar com jogadores e restantes funcionários", realçou.
O presidente da SAD leixonense refere que esta paragem vai trazer "problemas à indústria do futebol" e particularmente ao Leixões devido "às transações".
"Esta paragem vai trazer problemas à indústria do futebol. Nós clubes mais pequenos vivemos de transações. Não é de bilhética, nem de televisão. Sem futebol não há valorização nem vendas. Há clubes que interessaria terminar o campeonato, uns não descem e outros não sobem. Acho um contrassenso não se jogar futebol e andar-se de avião e transportes. De uma forma controlada, podia-se equacionar o regresso do futebol", mencionou.
"Bem ou mal somos o produto que mais exporta, que mais mexe com a economia, ultimamente as pessoas ganharam uma tendência de falar mal do futebol e de tentar transformar o futebol na podridão do sistema, mas a verdade é que se o país estivesse como o futebol, estaríamos todos bem melhor", concluiu.
O campeonato da II Liga está parado por tempo indeterminado até que o surto do coronavírus reduza em Portugal e seja mais estabilizado, sendo que o governo prevê o regresso à normalidade em junho.
Depois do adiamento do Europeu para 2021, a Liga Portugal tem mais 45 dias para realizar o campeonato.
Fonte da Foto: DR
Diogo Bernardino
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