Anderson Grafite, 24 anos, está à procura do primeiro golo com a camisola do Leixões Sport Club, mas recusa ansiedade por esse momento ainda não ter acontecido: "É uma questão de tempo. Sei que vou marcar, mais jogo menos jogo. Interessa é que a equipa ganhe os jogos, seja com golos do Grafite ou de outro jogador."
Em declarações ao www.leixoessc.pt, o avançado brasileiro elogia os adeptos Leixonenses – "Não param de cantar um segundo, mesmo quando o resultado não é o melhor" – e diz que o favoritismo do jogo da Taça de Portugal, com o Sacavenense, tem de ser provado dentro do campo.
LSC – Está a viver a sua primeira experiência fora do Brasil. Como está a ser a sua adaptação?
Anderson Grafite – Muito boa e mais rápida do que aquilo que eu esperava. Pensei que demorasse mais mas toda a gente tem ajudado bastante para que me sinta como se estivesse em casa. Desde os meus companheiros à comissão técnica, das pessoas da direcção aos adeptos, todos têm ajudado bastante. Em termos de futebol, também está tudo a correr bem, embora note algumas diferenças em relação ao Brasil. O futebol é muito mais rápido e há muito mais marcação, tanto que eu também tenho de ter preocupações de marcação, o que não acontece lá. Mas estou a trabalhar para me ambientar rapidamente e poder ajudar o Leixões a alcançar os seus objectivos. Sei que posso crescer muito mais como jogador e vou fazer tudo para dar muitas alegrias a este clube e à massa associativa, que já percebi que está sempre ao lado da equipa.
LSC – Nota-se que tem procurado muito por um golo…
AG – É normal. Um avançado vive de golos. Mas é uma questão de tempo. Tenho a certeza que quando sair o primeiro, virão muitos mais. Sei que vou marcar, mais jogo menos jogo. Interessa é que a equipa ganhe os jogos, seja com golos do Grafite ou de outro jogador. Não me importo de não marcar e de ajudar a equipa com assistências, por exemplo. No futebol, acima do interesse individual está sempre o colectivo.
LSC – Mas tem objectivos delineados? A que é que se propõe?
AG – Todos temos objectivos, mas não gosto de fixar um número de golos a atingir, por exemplo. O que quero é fazer uma boa temporada e poder ajudar o Leixões a atingir os objectivos propostos, que passam por fazer uma época tranquila e assegurar rapidamente a permanência nesta divisão. A grandeza do clube e os muitos adeptos do Leixões merecem que a época seja positiva.
LSC – Já falou na massa associativa por duas vezes. Está surpreendido? No Brasil não há adeptos assim?
AG – No Brasil os adeptos são fiéis, mas só apoiam quando as coisas correm bem. Já deu para ver que os adeptos do Leixões são diferentes. Para além de acompanharem a equipa por todo o país, estão sempre a apoiar do primeiro ao último minuto. Não há nenhum momento do jogo que não os ouça a cantar, mesmo quando o resultado não é o melhor. Ainda no domingo, no jogo com o Benfica, nunca deixaram de nos incentivar e, no final, aplaudiram a equipa com todo o entusiasmo. Actuando dessa forma, eles mostram como são os verdadeiros adeptos.
LSC – Voltemos à actualidade. Domingo o Leixões estreia-se na Taça de Portugal, prova que já ganhámos uma vez. Como perspectiva o jogo com o Sacavenense?
AG – Sinceramente sei muito pouco sobre o Sacavenense. Sei que é uma equipa que joga nos campeonatos locais. Até ao jogo a equipa técnica vai passar-nos toda a informação. O que sei é que o Leixões é favorito a seguir em frente mas temos de provar isso em campo. É no relvado que se joga futebol, não é nas teorias. O que o Leixões tem de fazer é encarar o adversário como todos os outros, respeitando-o e dando o máximo para vencer o jogo. É isso que temos de fazer sempre, seja com o Sacavenense ou com outra equipa qualquer.
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