A Câmara de Matosinhos prepara-se para comprar os estádios do Leixões e do Leça, penhorados por dívidas. O anúncio foi feito ontem pelo presidente Guilherme Pinto, que teme o desaparecimento dos complexos desportivos se forem vendidos a privados. O autarca entende que os recintos devem ser municipalizados e cedidos, posteriormente, aos clubes, que suportarão os custos de utilização e de manutenção, tal como sucede hoje em quase 70% dos espaços desportivos existentes no concelho. A aquisição será proposta ao Executivo em breve. Para já, Guilherme Pinto prefere não especificar o investimento municipal previsto, porém, a factura do resgate dos dois complexos desportivos deverá ser superior a três milhões de euros. É que só o estádio do Leixões, penhorado pelas Finanças por uma dívida total de 209,7 mil euros de IRC e de IRS, será colocado à venda em hasta pública amanhã por 3,02 milhões de euros. O Município não participará nesse leilão, mas tentará adquiri-lo numa segunda oportunidade. "No caso do Leixões, mandei fazer uma avaliação patrimonial do recinto. Se a hasta pública se mantiver agendada para o próximo dia 12 [amanhã], não creio que apareça alguém para licitar. Mas corremos o risco de perdê-lo numa segunda hasta pública", argumenta o autarca, assinalando que, apesar das actuais dificuldades financeiras da Autarquia, não pode permitir que "recintos desportivos construídos com dinheiro da comunidade e dos associados dos clubes desapareçam, como sucedeu com o do Salgueiros [no Porto]", ou deixem de estar ao "serviço do público".
Por outro lado, insiste que, se a Câmara for proprietária dos campos, deixa de existir a possibilidade dos clubes entregarem esses espaços como garantia num momento de aperto financeiro. Embora o PS tenha uma maioria relativa na Autarquia, bastará o voto do social-democrata Guilherme Aguiar, actual vereador do Desporto e administrador da empresa municipal Matosinhos Sport, para que a proposta de municipalização dos dois complexos seja aprovada na vereação.Na altura em que for decidida a aquisição dos recintos, o PS pedirá ainda autorização ao Executivo para sair da SAD do Leixões, onde detém uma participação de 20%. Recorde-se que, em 2002 e em 2005, o Município injectou 800 mil euros na SAD para suprir dificuldades financeiras. "Não faz sentido a participação da Câmara numa sociedade anónima que tem como único objectivo a prática de futebol sénior. Devemos separar as águas. Ao manter-se na SAD, a Autarquia está a vincular-se às boas e às más decisões de gestão", justifica. A situação financeira do Leça é mais grave. O clube deve mais de cinco milhões de euros às Finanças, à Segurança Social e a outros credores. O principal é o BPN, que detém a penhora do estádio. Os responsáveis do Leça apresentaram-se ao IAPMEI para tentar um acordo de credores. Se o entendimento não for possível, a colectividade corre o risco de desaparecer. Neste caso, a intervenção da Autarquia passará por negociar o resgate do complexo com o BPN.
A vontade camarária de municipalizar os estádios foi conhecida no dia em que Guilherme Pinto, acompanhado de Guilherme Aguiar, visitou as obras da Matosinhos Sport nos campos da Bateria e do Aldeia Nova (Leça da Palmeira), da Arroteia (S. Mamede de Infesta), do Lusitanos Santa Cruz e do Bairro dos Pescadores (centro de Matosinhos).Fonte JORNAL de NOTICIAS. http://jn.sapo.pt/
Por outro lado, insiste que, se a Câmara for proprietária dos campos, deixa de existir a possibilidade dos clubes entregarem esses espaços como garantia num momento de aperto financeiro. Embora o PS tenha uma maioria relativa na Autarquia, bastará o voto do social-democrata Guilherme Aguiar, actual vereador do Desporto e administrador da empresa municipal Matosinhos Sport, para que a proposta de municipalização dos dois complexos seja aprovada na vereação.Na altura em que for decidida a aquisição dos recintos, o PS pedirá ainda autorização ao Executivo para sair da SAD do Leixões, onde detém uma participação de 20%. Recorde-se que, em 2002 e em 2005, o Município injectou 800 mil euros na SAD para suprir dificuldades financeiras. "Não faz sentido a participação da Câmara numa sociedade anónima que tem como único objectivo a prática de futebol sénior. Devemos separar as águas. Ao manter-se na SAD, a Autarquia está a vincular-se às boas e às más decisões de gestão", justifica. A situação financeira do Leça é mais grave. O clube deve mais de cinco milhões de euros às Finanças, à Segurança Social e a outros credores. O principal é o BPN, que detém a penhora do estádio. Os responsáveis do Leça apresentaram-se ao IAPMEI para tentar um acordo de credores. Se o entendimento não for possível, a colectividade corre o risco de desaparecer. Neste caso, a intervenção da Autarquia passará por negociar o resgate do complexo com o BPN.
A vontade camarária de municipalizar os estádios foi conhecida no dia em que Guilherme Pinto, acompanhado de Guilherme Aguiar, visitou as obras da Matosinhos Sport nos campos da Bateria e do Aldeia Nova (Leça da Palmeira), da Arroteia (S. Mamede de Infesta), do Lusitanos Santa Cruz e do Bairro dos Pescadores (centro de Matosinhos).Fonte JORNAL de NOTICIAS. http://jn.sapo.pt/
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