13.ª Jornada da II Liga
Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)
Feirense 3-1 Leixões
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Feliz (21), Rodrigo Ferreira (26), Edson (59) e Sérgio (86)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Diga (44)
Feirense: Bruno Brígido, Digas, Ícaro, Sérgio, Zé Ricardo, Mica, Tavares (Latyr, 70), Fábio Espinho (Fati, 76), Edson Farías (Ruca, 83), Feliz e João Victor (Fabrício, 70)
Treinador: Filipe Rocha
Leixões: Beto, Jefferson Encada, Pedro Pinto, Brendon, Moustapha Seck (Wendel, 63), Christophe Nduwarugira (Rui Pedro, 82), Rodrigo Ferreira, Rafael Furlan, Avto, Kiki (Belkheir, 76) e Nenê
Treinador: João Eusébio
O Leixões despede-se de 2020 com um desaire, num encontro em que a postura da equipa depois de um mês pesado foi positiva, mas a fadiga e a falta de ritmo de competição fizeram a diferença.
João Eusébio fez cinco alterações em relação ao último encontro com o Nacional da Taça de Portugal com as entradas de Beto, Furlan, Seck, Nduwarugira e Nenê nos lugares de Stefanovic, Tiago André, Wallyson, Jota Garcês e Rui Pedro.
Num encontro realizado em Coimbra, devido à interdição de dois jogos no Marcolino de Castro, a equipa orientada por João Eusébio sabia da qualidade do jogo interior do Feirense e ao longo do jogo a equipa leixonense trancava as portas aos elementos de Santa Maria da Feira.
O Feirense tinha dificuldades em perfurar entre a linha defensiva leixonense, necessitando de ter paciência para explorar os espaços, manobrando a bola entre a zona central e as laterais.
O Leixões que defendia em 5x3x2 com Encada bem junto dos centrais e Avto a ocupar o seu lugar não entrou bem na partida, não conseguindo sair da primeira fase de construção com uma saída de bola limpa, segura e incisiva.
Os 'fogaceiros' tem nas bolas paradas uma das suas melhores armas e logo aos dois minutos num livre de Fábio Espinho esteve quase a inaugurar o marcador, mas o internacional Beto com uma grande defesa travou o lance de perigo.
Durante o jogo, ambas as equipas consigam colocar vários jogadores na zona de finalização, mas a diferença estava no discernimento em conseguir lances de grande perigo.
Feliz e Fábio Espinho com várias diagonais conseguiam confundir o lado direito da linha defensiva leixonense onde estava Moustapha Seck, mas Pedro Pinto e Brendon estiveram intransponíveis, nunca deixando a equipa do Feirense entrar pela zona central.
O Feirense com uma excelente pressão aos jogadores do Leixões na primeira fase de construção obrigava os matosinhenses a ter que utilizar um plano B aquando das jogadas a nível ofensivo, pois a formação leixonense não conseguia sair para o ataque de forma organizada.
E foi num erro de um jogador leixonense que nasceu o primeiro golo do Feirense. Aos 21 minutos, Feliz recebe um passe milimétrico que com tempo e espaço faz um remate, que desvia em Brendon e traí Beto.
A excelente reação aos golos sofridos é algo que é uma característica forte do Leixões de João Eusébio e neste jogo não foi diferente. Após um remate de Christophe aos 24, os 'bebés do mar' chegaram ao golo do empate.
Aos 26 minutos após um erro do guarda-redes Brígido, Rodrigo Ferreira que se estreou a titular no campeonato ganha a segunda bola e remata com intenção que sofreu um desvio de Tavares. Segundo golo consecutivo na época para o jogador na equipa principal que começou a época nos sub-23.
Após o golo o Leixões começou a ter as rédeas do jogo, pretendendo sair a jogar com qualidade, mas as dificuldades eram muitas. A equipa não pressionava alto e não conseguia construir lances a explorar a profundidade dos laterais e dos extremos.
Na segunda parte, o Feirense intensificou a pressão ofensiva e teve entre os 50 aos 52 minutos, três oportunidades de golo, sendo o mais perigoso por Ícaro aos 51 que obrigou Beto a uma enorme defesa.
O Feirense que estava balanceado para o ataque, voltaria a estar em vantagem no encontro aos 59 minutos, num golaço de Edson Farías que de longa distância disparou uma 'bomba' para a baliza de Beto que não teve reação para chegar à bola.
O Leixões precisava de mais elementos ofensivos para conseguir sair do jogo com pontos e aos 62 a saída de Seck para a entrada de Wendel dava a entender uma mudança a nível tático para a equipa leixonense que passava a jogar em 4x4x2.
Rodrigo Ferreira e Avto foram jogadores desinibidos ao longo do jogo, conseguindo criar sempre situações de perigo para a linha defensiva dos fogaceiros.
A equipa de João Eusébio teve mais ímpeto a partir daqui, e aos 67 teve uma oportunidade de ouro. Após uma excelente jogada individual de Kiki, que esteve muito apagado na primeira parte, cruzou para Nenê que à entrada da pequena área cabeceia a bola que bate com estrondo no poste.
A falta de ritmo de jogo notava-se no Leixões que jogava de forma lenta, sem conseguir criar dinamismo nas jogadas, faltando velocidade em determinados momentos de jogo que pedia uma execução mais rápida.
Aos 86 o Feirense deitou por terra as oportunidades para o Leixões sair do jogo com pontos, Sérgio Silva a desviar a bola para a baliza ao segundo poste, na sequência de um canto marcado por Feliz.
O Leixões soma assim a terceira derrota consecutiva no campeonato.
O Leixões, 17.º classificado com nove pontos e menos dois jogos regressa este domingo às 17:00 para mais um encontro do campeonato frente ao SC Covilhã, em casa.
Fonte da Foto: Leixões SAD
Diogo Bernardino
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