Encaramos todos os adversários de frente
Zé Pedro encarna na perfeição o espírito Leixões, aquela raça de antes quebrar que torcer, o que o leva a realçar que a equipa do Mar, embora respeite todos os oponentes, não teme ninguém.
Em conversa com o www.leixoessc.pt, o central sublinha que no domingo, com o Benfica B, a atitude solidária da equipa tem de ser a mesma dos últimos jogos para que o objectivo de trazer três pontos para Matosinhos seja atingido.
LSC – Depois da terceira vitória consecutiva e da subida, à condição, aos lugares cimeiros da classificação, como analisa este início de época do Leixões?
Zé Pedro – A equipa está muito bem, os resultados estão a surgir, mas ainda falta muito campeonato. A época ainda está no início. Neste momento, queremos é manter a concentração e a atitude solidária dos últimos jogos para podermos continuar na senda dos bons resultados. Vem aí uma fase muito complicada, com jogos do campeonato e com a estreia na Taça e não podemos facilitar. Há que continuar a dar o máximo porque com 13 pontos não conquistámos nada. Não é por estarmos na parte superior da classificação que podemos tirar os pés do chão. Há muito caminho pela frente, faltam 36 jornadas, muitos meses de trabalho e o nosso objectivo continua a ser o de assegurar a manutenção o mais rápido que for possível.
LSC – Domingo, vamos ao Seixal, defrontar o Benfica B. Como perspectiva este encontro?
ZP – Vai ser um jogo difícil, como têm sido todos os deste campeonato. O Benfica é o Benfica, mas o Leixões é o Leixões. Embora respeite todos os adversários que enfrenta, o Leixões não receia ninguém e entra em campo sempre com a intenção de vencer os jogos. Encaramos todos os adversários de frente e, no domingo, é isso que vai acontecer. Com a humildade e a solidariedade que têm sido uma imagem de marca desta equipa, vamos lutar pelos três pontos com todo o empenho.
LSC – Apesar de jovem (22 anos), é um dos jogadores com mais tempo de Leixões. Como tem sido a temporada no interior do balneário?
ZP – O grupo é muito unido e a equipa tem registado uma evolução muito grande desde que os trabalhos arrancaram. Mas ainda podemos melhorar muito, porque o tempo ajuda a conhecer-nos melhor, a entrosar melhor os jogadores. É preciso ter noção de que, dos jogadores que têm sido mais utilizados, só eu, o Nuno Silva e o Cadinha é que estávamos cá a época passada.
LSC – No jogo com o Trofense, o Estádio do Mar registou uma moldura humana bem agradável (quase 2500 espectadores). É sinal de que a afluência dos adeptos também está a evoluir positivamente. A que se deve isso?
ZP – Toda a gente sabe que o Leixões tem uma massa associativa muito fiel, que sofre muito com a equipa e que está sempre ao lado da equipa. Reconheço que o facto de a equipa estar num bom momento ajuda sempre a que venha mais gente ao estádio. No domingo, foi muito bom ver tanta gente nas bancadas, a apoiar a equipa até ao fim, acreditando sempre que íamos conseguir o resultado pretendido. Gostava que isso se mantivesse e, se possível, que até aumentasse, de modo a criar-se aquele ambiente de há uns anos em que os adversários se encolhiam em Matosinhos mal pisavam o relvado.
LSC – Espera ver muitos adeptos Leixonenses no Seixal?
ZP – Onde quer que o Leixões jogue há sempre adeptos Leixonenses na bancada. No Seixal, sei que não vamos estar sozinhos e que eles vão marcar presença. Apesar de ser preciso fazer 700 quilómetros para assistir ao jogo, espero que haja muitos adeptos nossos na bancada. Com eles ao nosso lado, sentimo-nos mais confortáveis e o caminho para a vitória fica mais fácil de percorrer. Como eles dizem bem a propósito, juntos venceremos.