"QUANDO CHEGUEI AO LEÇA FOI ME APRESENTADO UM PROJETO AMBICIOSO"

O defesa central do Leça Cláudio Borges revelou que quando chegou ao clube "foi me apresentado um projeto ambicioso" e que já havia conversações com o Nelsinho e o Pecks, em entrevista ao programa Vamos falar de futebol.

"Quando cheguei ao Leça foi me apresentado um projeto ambicioso. É surpresa para algumas pessoas o lugar que nos ocupamos na luta pela subida. Mas desde o primeiro dia a primeira frase que o investidor do Leça disse foi 'Cláudio atenção que este ano vamos buscar o Nelsinho ao Varzim, o Pecks, a ti e depois vamos construir a equipa à volta com a mesma qualidade para acompanhar'. Perguntei se isto era da boca para fora ou se era isto que queriam fazer e eles garantiam que era verdade. Nada garantia isto pois foram buscar meia dúzia de miúdos que eram uma incógnita, que não se sabia se ia dar certo", mencionou. 

"Uma época extraordinária e temos miúdos que podem dar o salto e o Leça tem todas as condições para ser um clube que volte à ribalta. Em termos organizativos tem alguma coisa que pode alterar e melhorar, é um clube com mística e história e tem investidores que além de saberem o futebol são pessoas que querem ajudar o clube. Não se querem aproveitar dele e isso é meio caminho andado para o Leça chegar ao patamar que merece", descreveu.

Cláudio Borges termina esta temporada a sua carreira como futebolista e vai começar a de treinador adjunto no estrangeiro, sendo que ainda não foi divulgado qual o país em questão ou o clube, onde vai realizar o seu estágio.

Fonte da Foto: Leça FC

Diogo Bernardino

"AINDA ANTES DE ACABAR O MÊS, O CLUBE REVELOU QUE VAI CUMPRIR COM AS OBRIGAÇÕES"

O treinador do Infesta, Bruno Costa, revelou que a direção do clube "vai cumprir com as obrigações salariais", em declarações numa entrevista ao facebook do clube. 

"O Infesta é um clube sui generis, é um clube sério. Ainda antes de acabar o mês, o clube revelou-me que vai cumprir com as obrigações salariais. Poucas são as equipas que tem este tipo de atitude", divulgou.

"Estou preocupado com o futuro do clube, por ser um clube tão sério e humano tem estas dificuldades todas. Nestas alturas deviam prevalecer os valores que nos caracterizam como seres humanos", mencionou.

Bruno Costa descreve que o primeiro ponto para a recuperação do Infesta no campeonato que teve de realizar quando chegou à equipa era dar-lhe "caráter". 

"Primeiro não fui eu que fiz a recuperação. Foram os jogadores, passamos por uma fase complicada, tivemos uns jogos uns furos abaixo, nos últimos jogos voltamos ás prestações que nos davam garantias da manutenção. A minha preocupação quando entrei era o de conseguir a manutenção, mas em poucos jogos senti no grupo o caráter. O primeiro ponto que tínhamos ter na nossa equipa era carácter", descreveu.

"Podíamos ter feito mais em que merecíamos melhores resultados, uns foram por azar, outros porque nos tiraram essa hipótese. Estava convencido que nestes últimos jogos íamos conseguir a manutenção", afirmou.

O 'mister' do Infesta descreve que desde novembro nunca teve o plantel completo, mas nunca sentiu um "mal-estar" dentro do grupo de trabalho.

"Houve uma altura em que tive uma conversa com o diretor geral, em que referi que todo nos estavam contra mãos, pois desde novembro nunca tive o plantel completo, desde lesões, expulsões e saídas de jogadores. Nunca senti dentro do grupo um mal-estar", apontou.

Em relação ao passado enquanto jogador, o famoso Bruninho o extremo que teve de se adaptar a lateral no Arouca na II Liga revelou que cometeu dois erros durante a última temporada no clube.

"Fiz anos muito bons no Arouca. Hoje arrependo do que fiz, pois a 31 de agosto de 2011 tenho a notícia que ia ser operado ao joelho e na altura o lateral direito que era o Pedro Costa, tinha uma rutura de ligamentos e o Arouca não tinha jogadores naquela posição. Joguei com um problema no joelho até janeiro. Em janeiro num jogo com o Estoril, cometi aí um segundo erro que foi jogar antes de ter recuperado totalmente da lesão", disse.

Bruno Costa revelou que havia uma hipótese de rumar ao FC Porto aos 13 anos de idade.

"O Boavista apareceu me pelo treinador Neca Matos que me convidou para ir treinar para o Boavista, embora nesse ano tenha surgido a hipótese de ir para o FC Porto, o que não se concretizou. Depois durante a pré-época o treinador que não era o Neca Matos ficou convencido. No Boavista fui campeão nacional de juvenis", explicou.

Quando saiu do Boavista o seu pensamento estava em terminar o futebol, mas foi o Infesta que lhe deu uma oportunidade para pensar duas vezes sobre essa decisão e ofereceu todas as condições que precisava, tratando-o como um "jogador profissional".

"Na altura quando saí do Boavista foi uma desilusão. A época nos juniores do Boavista aconteceu algumas coisas que não vale a pena falar. No final da época acabei por ser dispensado e a minha ideia era deixar o futebol porque não sentisse condições, mas pela maneira como me conduziram à dispensa no Boavista. A ideia era regressar à escola a partir do 10.º ano, entretanto tive vários convites, aí ocorreu uma situação porque não foi do meu agrado, era para ir para o Rio Ave", afirmou.

"O Infesta com o senhor Ferraz e trataram-me como se fosse um jogador profissional, mal falaram comigo, quiseram ir ter a minha casa, falaram com o meu pai. A ideia dele é ingressar na escola e não dava para conciliar a escola com os treinos. A única hipótese era ir para um extrenato e o presidente comparticiparam na minha ida para um extrenato", referiu. 

Bruninho fez a sua formação no Estrelas de Fânzeres, Boavista e Infesta, aonde começou a sua carreira como sénior na época 2002/03 ao lado de Augusto Mata, depois de sete épocas no Infesta chegou ao Arouca em 2009/10. Na época 2012/13 regressa ao Infesta e no final da sua carreira joga no Serzedo e Esmoriz.

Fonte da Foto: FC Infesta

Diogo Bernardino