Estádio do Leça Futebol Clube
Campeonato de Portugal Série C Jornada 4
Árbitro: Humberto Teixeira (AF Porto)
Leça 2-1 Pedras Rubras
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: José Indi (21), Rudy (50) e Jardel (78)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Everton (28), Luís Ferreira (34), Guilherme (42), Gonçalo Pimenta (58), Aboubakar (84) e Rudy (90+3)
Leça: Jorge Cristiano, Assane Baldé, Daniel Materazzi, Vasco Coelho, João Pedro, Guilherme Morais (Tiago Cavadas, 80), Samuel Teles, João Paulo, Marcos Júnior (Jardel, 66 (Henrique, 89), João Paulino (Rudy Monteiro, 45) e Isaac Cissé
Treinador: Domingos Barros
Pedras Rubras: Rui Sacramento, Gonçalo Pimenta, Luís Ferreira, William Salomão, Ricardo Portilho, Aboubakar Njoya (Landry, 85), Bruno Simões, Usalifa Indi (Gonçalo Sousa, 85), Gastón Camara (Rogério Pinto, 83), Tiago Silva e Everton (Geovane, 60)
Treinador: Pedro Dias
A segunda parte de luxo em relação à primeira menos conseguida foi a chave decisiva para o Leça realizar o quinto triunfo consecutivo e conseguir a tão ambicionada liderança isolada da Série com mais dois pontos que o segundo, o Trofense.
Domingos Barros não fez qualquer alteração em relação ao encontro com o Coimbrões.
Nos primeiros 20 minutos o Leça esteve irreconhecível, do qual o Pedras Rubras aproveitou e foi muito superior. A formação de Domingos Barros entrou mal na partida, não saindo com uma bola limpa, segura e incisiva para a baliza de Rui Sacramento.
O Pedras Rubras ia aproveitando e a equipa maiata fez muito bem o trabalho de casa na primeira parte, anulando qualquer investida leceira, fazendo do guarda-redes matosinhense Rui Sacramento um mero espetador no jogo.
A formação orientada pelo matosinhense Pedro Dias materializava o ascendente na partida, com lances perigosos pelos avançados Tiago Silva aos 10 minutos e de Everton aos 13 e aos 19.
A pressão sufocante ao portador da bola, a demora na realização dos passes, a forma lenta como eram realizados os processos ofensivos, algumas dificuldades a nível defensivo, mostravam um Leça muito diferente do que nos tinha habituado neste campeonato.
O golo acabou por surgir com naturalidade aos 21 minutos quando num lance de belo entendimento, Everton com um olho de falcão, característico deste jogador que passou pela alta roda do futebol europeu na Holanda, fez um passe de desmarcação exímio para José Indi deixando toda a defesa leceira apanhada em contrapé.
Este só teve de correr uns bons metros sem oposição e na cara-a-cara com Cristiano teve tempo e espaço para fazer o tento. Terceiro golo sofrido em dois jogos no campeonato para o Leça.
A equipa de Domingos Barros tardou em reagir ao golo sofrido, mas começou a ter mais posse de bola, e a ganhar confiança para o resto do encontro para conseguir a reviravolta. Só bem perto do final é que Isaac Cissé criou o único lance digno de perigo na primeira parte, quando após um cruzamento vindo da esquerda o costa-marfinense cabeceou a milímetros da baliza de Sacramento.
O Leça precisava de mudar completamente todo aquilo que tinha feito na primeira parte depois de uns primeiros 45 minutos para esquecer.
Domingos Barros não tardou muito e colocou em campo Rudy Monteiro no lugar de João Paulino e o avançado caboverdiano foi decisivo logo nos primeiros minutos de encontro.
Depois de regressar ao relvado vindo das cabines, a formação leceira deu uma segunda parte de gala, vestindo o seu melhor fato e demonstrando aquilo que é bom. Agressividade, concentração, determinação, garra, vontade, luta, espirito de sacrifício, elementos necessários para se conseguir um bom resultado.
Aos 47 Teles e aos 50 Marcos Junior deram os primeiros sinais de perigo, e depois de tanto insistir, Rudy correspondeu com um golaço aos 51.
O avançado arranca uns bons metros e cavalgava pelo corredor central e com tempo e com espaço a uns bons 30 metros da baliza desfere com potência sem qualquer hipótese para Rui Sacramento que se esticou todo, mas sem sucesso. Segundo golo do caboverdiano esta época.
O Leça meteu o pé no acelerador e a partir daqui nunca mais deixou a formação maiata criar lances de perigo, sendo o lance de Camará ex-leixonense aos 65 a única exceção.
Uma equipa mais coesa, solidária, aguerrida e concentrada quer nas marcações individuais, quer na defesa à zona, conseguia com critério criar muitas oportunidades no último terço.
A entrada de Geovane aos 60 minutos para refrescar o ataque maiata não deu resultados.
O Leça ao longo do campeonato mostrou que é uma equipa fortíssima na bola parada e foi a partir de um lance desta natureza que chega à reviravolta.
Aos 78, cruzamento de Rudy Monteiro, um dos melhores jogadores em campo, cruzou para Vasco Coelho que ao segundo poste cabeceia para uma grande defesa de Sacramento e na segunda bola Jardel coloca o esférico no fundo das redes.
O Pedras Rubras com as entradas de Rogério, Landry e Gonçalo tentou o tudo por tudo, para sair de Leça da Palmeira com um empate mas a formação maiata não conseguiu marcar, nem com o central William Salomão a ponta de lança nos instantes finais.
O Leça não deixou de atacar depois do segundo golo, mas não fez com tanta intensidade evidenciada durante os 45 até aos 80 minutos.
O Leça triunfou sobre uma equipa que praticou um excelente futebol na primeira parte e que esteve bem em vários capítulos, mas a pressão exercida, a eficácia e a qualidade de jogo dos leceiros na segunda parte fez toda a diferença.
O Leça, líder isolado da Série C com 16 pontos defronta em casa o Marítimo B, domingo às 11:00 na próxima jornada.
Fonte da Foto: Leça FC
Diogo Bernardino