Entrevista dada pelo treinador do Leixões Manuel Cajuda após o final do encontro entre o Leixões-Varzim, com revelações que vão desde os reforços de inverno, às mudanças implementadas no clube, a melhoria da organização do clube e aquilo que pode ser ganho nesta temporada em termos de conquistas.
Que comentário lhe apraz dizer sobre os reforços de inverno: Zé Carlos e Romário Baldé?
Que comentário lhe apraz dizer sobre os reforços de inverno: Zé Carlos e Romário Baldé?
Manuel Cajuda - "O Zé Carlos não conhecia, foi para mim uma surpresa durante os treinos. Aquilo que ele fez frente ao Varzim foi uma confirmação daquilo que vi nos treinos e a segurança em dizer que este jogador vai evoluir muito. É bom fisicamente, tecnicamente, muito forte no jogo aéreo"
"Tem condições para trabalhar mas ainda é um jovem, não vamos exigir já aquilo que no futuro pode dar. Para já muito satisfeito"
"Tem condições para trabalhar mas ainda é um jovem, não vamos exigir já aquilo que no futuro pode dar. Para já muito satisfeito"
"Em relação ao Romário Baldé, ele vem de um futebol diferente. Necessita de tudo, de se adaptar à nova realidade, tem potencial, fiquei satisfeito com aquilo que fez frente ao Varzim. Peço que sejam benevolentes é que mesmo em competição, ainda estou a fazer experiências dentro da competição e isso é preciso saber gerir emocionalmente a equipa"
Manuel Cajuda - "O Joca veio e fez uma ligeira contractura porque estamos a acelerar o nosso processo físico. Ele não vai aparecer de um dia para o outro, isto não é como comer um prato de sopa e no dia seguinte estamos mais fortes. Estamos a modificar o processo físico para corrermos mais do que estamos a correr o que não é nada de significativo"
"O Rui Pedro que já ouvi dizer que não foi convocado pelo treinador para o jogo com o Varzim por opção dele, é mentira. Houve em termos burocráticos alguma coisa que falhou com o passe internacional porque vem de Granada e ele não podia fazer parte da lista dos convocados. A condição dele vai ter que melhorar. Se ele ouvir ou ler ele vai perceber o que digo"
"No jogo com o Varzim ele não esteve e naquele jogo não fez falta. Vai me fazer falta no futuro. Não podia estar na convocatória por problemas com os papéis que vão ser resolvidas em breve e ganham mais uma semana de competição"
Falou de mudanças no futebol, que mudanças quer implementar no Leixões comparativamente ao futebol que jogavam?
Manuel Cajuda - "Primeiro não é no Leixões porque a ética deve ser algo que temos de valorizar e não vou falar do Leixões, porque o meu colega Carlos Pinto fez um excelente trabalho, do qual estou a aproveitar algumas coisas. O que entendo é que no futebol português leva-se muito tempo na fase de construção. O objetivo é querer construir, mas não 10 à hora"
"Quero se for possível a 40 e depois a 60. No futebol português estamos a ser demasiado rigorosos com os aspetos técnicos desvalorizando o verdadeiro fundamento do jogo, que é o golo"
"Quando digo que quero mudar, não é falar mal do trabalho anterior, é que tenho outra visão do futebol e não uma piegas, que às vezes dão para ver jogos para dormir e quero ficar acordado a ver um jogo"
"Isto não é depreciativo, os jogadores estavam habituados a um determinado método de trabalho do outro treinador, algumas coisas ainda lhes fazem confusão, como nos processos das movimentações que quero. É natural. Ainda não é tempo para conseguir implementar tudo aquilo que quero. As modificações vão ser constantes. Não quero só circulação de bola mas também dos jogadores. Não quero os jogadores sempre no mesmo sítio"
"Quero que os meus jogadores joguem de diferentes formas e em diferentes posicionamentos e vamos ter que treinar e muito e vou ter esta semana oito treinos. Na primeira semana tive apenas três, na segunda tive mais um pouco. Não é por ser o Manuel Cajuda e porque quero e que posso e que mando que vou resolver as situações"
"Temos de arranjar soluções para todas as coisas que o Leixões não tem e quando digo não estou a falar mal da organização. Não sou uma pessoa que anda à procura de culpados, sou aquele que procura soluções. Pagam me para encontrar soluções e não desculpas. Não encontrar os defeitos dos jogadores, porque a responsabilidade é minha"
"Acho muito difícil jogar para subir. Não estou a dizer que é impossível mas ninguém me pode tirar o sonho de fazer a melhor época do Leixões dos últimos seis/sete anos e se fizermos isso estamos a dar passos seguros para que a administração possa nos dar na próxima época bases para começar comigo ou sem mim mas tendo as condições para o fazer"
Que peso tem estes triunfos para o Leixões?
Manuel Cajuda - "Os jogadores assumiram uma mea culpa da parte deles. Culpas entre aspas. As culpas terão de ser divididas por diferentes setores e o que temos de fazer hoje, não é por defeitos nas coisas é partir da realidade que temos, com muitas dificuldades que temos, algumas de organização, mas vamos ter a certeza de que com as mesmas pessoas, vamos ter melhor organização"
"Todas as pessoas vão ter de me perdoar, não é por vaidade, vim de clubes mais fortes do que o Leixões, não estou a dizer melhores, mas com melhor organização. Estive no Braga, no Guimarães, no Marítimo, no Belenenses que são equipas com melhores condições, mais do que aqui. Mas mesmo assim eu não choro, não tenho que lamentar"
"A única coisa que tenho de fazer é a minha obrigação. Chamar a atenção à direção, para mudarmos as coisas, porque aquilo que a administração tem feito, posso dizer que sou uma pessoa feliz. Nada me tem faltado"
"Até fui para estágio. Mas era importante nesta altura preparar isso. Imagine que era sairmos do jogo com o Varzim com uma derrota, público desmotivado, adeptos revoltados. Quando cheguei, a média não melhorou. A média de golos marcados era de 1,1 golos por jogo e a de sofridos era de 1,05. A média de golos sofridos não é muito preocupante, a média dos golos marcados é que tem de aumentar, porque senão acabamos por fazer empates"
Que tipo de mudanças na organização está a mencionar?
Manuel Cajuda - "Em termos de organização, estou a referir que é uma questão de disciplina em algumas coisas e compreende que não posso vir a público por a nu as deficiências, mas temos que as modificar e melhorar, mas acima de tudo, o esforço que o presidente do Conselho de Administração e as pessoas e os funcionários para serem agradáveis comigo, estou plenamente satisfeito que vamos fazer coisas melhores. A estrutura vai ter que ser melhorada, nalgumas coisas que são simples"
"Como por exemplo, os jogadores trabalharam muito durante a semana para o jogo com o Varzim, o ritmo está a ser maior do que estava porque os jogadores me disseram, e dou lhes dois dias de folga. Ainda está muito longe daquilo que quero"
"Os jogadores merecem que eu tenha respeito pelo trabalho deles e o estágio antes do jogo com o Varzim foi para lhes dar tranquilidade para convivermos como grupo. Estou a fazer uma pré-época em competição"
"O Leixões merece voltar à sua história de clube histórico, estou muito orgulhoso de estar aqui. É um monstro adormecido. O Leixões há quarto/cinco anos estava numa situação muito crítica, felizmente hoje está melhor"
Fonte das Fotos: Leixões SAD
Diogo Bernardino
"No jogo com o Varzim ele não esteve e naquele jogo não fez falta. Vai me fazer falta no futuro. Não podia estar na convocatória por problemas com os papéis que vão ser resolvidas em breve e ganham mais uma semana de competição"
Falou de mudanças no futebol, que mudanças quer implementar no Leixões comparativamente ao futebol que jogavam?
Manuel Cajuda - "Primeiro não é no Leixões porque a ética deve ser algo que temos de valorizar e não vou falar do Leixões, porque o meu colega Carlos Pinto fez um excelente trabalho, do qual estou a aproveitar algumas coisas. O que entendo é que no futebol português leva-se muito tempo na fase de construção. O objetivo é querer construir, mas não 10 à hora"
"Quero se for possível a 40 e depois a 60. No futebol português estamos a ser demasiado rigorosos com os aspetos técnicos desvalorizando o verdadeiro fundamento do jogo, que é o golo"
"Quando digo que quero mudar, não é falar mal do trabalho anterior, é que tenho outra visão do futebol e não uma piegas, que às vezes dão para ver jogos para dormir e quero ficar acordado a ver um jogo"
"Isto não é depreciativo, os jogadores estavam habituados a um determinado método de trabalho do outro treinador, algumas coisas ainda lhes fazem confusão, como nos processos das movimentações que quero. É natural. Ainda não é tempo para conseguir implementar tudo aquilo que quero. As modificações vão ser constantes. Não quero só circulação de bola mas também dos jogadores. Não quero os jogadores sempre no mesmo sítio"
"Quero que os meus jogadores joguem de diferentes formas e em diferentes posicionamentos e vamos ter que treinar e muito e vou ter esta semana oito treinos. Na primeira semana tive apenas três, na segunda tive mais um pouco. Não é por ser o Manuel Cajuda e porque quero e que posso e que mando que vou resolver as situações"
"Temos de arranjar soluções para todas as coisas que o Leixões não tem e quando digo não estou a falar mal da organização. Não sou uma pessoa que anda à procura de culpados, sou aquele que procura soluções. Pagam me para encontrar soluções e não desculpas. Não encontrar os defeitos dos jogadores, porque a responsabilidade é minha"
"Acho muito difícil jogar para subir. Não estou a dizer que é impossível mas ninguém me pode tirar o sonho de fazer a melhor época do Leixões dos últimos seis/sete anos e se fizermos isso estamos a dar passos seguros para que a administração possa nos dar na próxima época bases para começar comigo ou sem mim mas tendo as condições para o fazer"
Que peso tem estes triunfos para o Leixões?
Manuel Cajuda - "Os jogadores assumiram uma mea culpa da parte deles. Culpas entre aspas. As culpas terão de ser divididas por diferentes setores e o que temos de fazer hoje, não é por defeitos nas coisas é partir da realidade que temos, com muitas dificuldades que temos, algumas de organização, mas vamos ter a certeza de que com as mesmas pessoas, vamos ter melhor organização"
"Todas as pessoas vão ter de me perdoar, não é por vaidade, vim de clubes mais fortes do que o Leixões, não estou a dizer melhores, mas com melhor organização. Estive no Braga, no Guimarães, no Marítimo, no Belenenses que são equipas com melhores condições, mais do que aqui. Mas mesmo assim eu não choro, não tenho que lamentar"
"A única coisa que tenho de fazer é a minha obrigação. Chamar a atenção à direção, para mudarmos as coisas, porque aquilo que a administração tem feito, posso dizer que sou uma pessoa feliz. Nada me tem faltado"
"Até fui para estágio. Mas era importante nesta altura preparar isso. Imagine que era sairmos do jogo com o Varzim com uma derrota, público desmotivado, adeptos revoltados. Quando cheguei, a média não melhorou. A média de golos marcados era de 1,1 golos por jogo e a de sofridos era de 1,05. A média de golos sofridos não é muito preocupante, a média dos golos marcados é que tem de aumentar, porque senão acabamos por fazer empates"
Que tipo de mudanças na organização está a mencionar?
Manuel Cajuda - "Em termos de organização, estou a referir que é uma questão de disciplina em algumas coisas e compreende que não posso vir a público por a nu as deficiências, mas temos que as modificar e melhorar, mas acima de tudo, o esforço que o presidente do Conselho de Administração e as pessoas e os funcionários para serem agradáveis comigo, estou plenamente satisfeito que vamos fazer coisas melhores. A estrutura vai ter que ser melhorada, nalgumas coisas que são simples"
"Como por exemplo, os jogadores trabalharam muito durante a semana para o jogo com o Varzim, o ritmo está a ser maior do que estava porque os jogadores me disseram, e dou lhes dois dias de folga. Ainda está muito longe daquilo que quero"
"Os jogadores merecem que eu tenha respeito pelo trabalho deles e o estágio antes do jogo com o Varzim foi para lhes dar tranquilidade para convivermos como grupo. Estou a fazer uma pré-época em competição"
"O Leixões merece voltar à sua história de clube histórico, estou muito orgulhoso de estar aqui. É um monstro adormecido. O Leixões há quarto/cinco anos estava numa situação muito crítica, felizmente hoje está melhor"
Fonte das Fotos: Leixões SAD
Diogo Bernardino