II Liga 20.ª Jornada
Árbitro: João Malheiro Pinto (AF Lisboa)
Mafra 1-1 Leixões
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Jefferson Encada (28), Bruno Silva (58)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Brendon (50), Abel Camará (60), Christophe (71), Pedro Pinto (80), José Mota Treinador do Leixões (81), Igor Stefanovic (90+4)
Mafra: Carlos Henriques, Nuno Campos, João Cunha (Rodrigo Martins, 86), João Miguel, Kaká, Bruno, Pedro Barcelos, João Graça (Cuca, 70), Carlos Daniel (Gwangin Lee, 58), Abel Camará e Stevy Okitokandjo (Edi Semedo, 86)
Treinador: Filipe Cândido
Leixões: Igor Stefanovic, Lucas Lopes, Pedro Pinto, Brendon, Tiago André (Moustapha Seck, 45), Christophe Nduwarugira, Bruno Monteiro, Rodrigo Ferreira (Joca, 62), Jefferson Encada (Adewale Sapara, 81), Avto (Jota, 90+2) e Nenê (Papalele, 81).
Treinador: José Mota
O Leixões regressou à conquista dos pontos num encontro em que a toada do equilíbrio foi dominante durante o encontro, com a formação matosinhense a voltar a conquistar pontos uma jornada depois.
José Mota fez duas alterações em relação ao último encontro com as entradas de Stefanovic e Rodrigo nos lugares de Beto, lesionado e Joca.
Num jogo competitivo, nem sempre bem jogado, numa toada de equilíbrio, o Mafra esteve melhor nos primeiros 20 minutos, pois teve mais bola durante o jogo e teve nos seus avançados Camará e Okitokandjo a entrarem no corredor central com perigo, como duas setas apontadas à mira da bola perturbando o raio de ação do Leixões.
O Mafra criou o primeiro lance de perigo com o médio Carlos Daniel aos quatro minutos com muito espaço no corredor central a rematar fora da área com estrondo no poste da baliza de Stefanovic.
O Leixões respondeu quatro minutos depois com um lance de contra-ataque bem trabalhado por Tiago André com a bola a ficar nos pés de Rodrigo após um remate mal realizado por Nenê, com a bola a 'raspar' o poste da baliza de Carlos Henriques.
Os alas Avto e Jefferson Encada estavam mais atentos à projeção dos laterais do Mafra que conseguiam sempre chegar com perigo pelos corredores laterais, mais pelo lado esquerdo com Nuno Campos. O Mafra tinha mais bola, mas o Leixões estava mais objetivo no momento do ataque, com transições rápidas.
O Mafra defendia subido e obrigava o Leixões a construir no seu reduto defensivo. Carlos Daniel, era um dos jogadores mais irrequietos da formação saloia com uma boa movimentação entre linhas.
O jogo estava com um bom ritmo, entretido, sempre à procura do golo, com o Mafra a atrair as linhas do Leixões por dentro para poder explorar pelos corredores.
Apesar do Mafra ter mais posse de bola, os lances de maior perigo foram pelo Leixões com Christophe que mais uma vez esteve a um bom nível aos 26 a criar dificuldades a Carlos Henriques.
Os 'bebés do mar' com um bom posicionamento em campo ia chegar ao golo aos 28 minutos. Avto pega na bola e flete para o centro do terreno onde com um passe de 'falcão', em profundidade descobre Jefferson Encada, com o guarda-redes Carlos Henriques a não conseguir ganhar no frente a frente e a não intercetar a bola e numa segunda bola Encada só teve de confirmar o seu terceiro golo no campeonato.
O Leixões procurou ser mais feliz e conseguiu. Os leixonenses estavam mais confortáveis e mais compactos, acertando as marcações aos avançados. O Mafra só incomodou com Carlos Daniel aos 35 e por Camará aos 43 com remates que não obrigaram Stefanovic a grandes esforços.
Na segunda parte, o Leixões não só procurou o melhor posicionamento em campo, mas também manter o equilíbrio e ser mais objetivo no momento do ataque. Apesar disso, o mérito do Mafra, a entrar de forma mais agressiva, causando muitos problemas à defesa leixonense.
José Mota pedia a Christophe para fechar-se como terceiro central aquado do posicionamento defensivo, pedindo assim que os setores estivessem mais próximos para se criar uma entreajuda mais forte.
A velocidade de Camará e Okitokandjo era sempre procurada pelos homens aos comandos de Filipe Cândido, mas seria numa jogada de fora da área que o Mafra ia chegar ao golo do empate.
Aos 58 minutos, após uma boa triangulação com João Cunha, Bruno Silva com um pontapé de ressaca a fuzilar as redes de Stefanovic.
Durante o segundo tempo, o Mafra foi perdendo o ímpeto inicial e o Leixões ia aproveitar através de transições rápidas chegar ao golo, com as entradas de Seck, muito bem defensivamente e Joca, um jogador com um excelente drible.
Aos 81 a estreia de Papalele ex-FC Porto B na equipa principal do Leixões, este que joga maioritamente pelos sub-23.
A entrada do avançado caboverdiano mexeu com o jogo, juntamente com o nigeriano Sapara, que com a sua mobilidade em terreno, é um ponta de lança muito diferente de Nenê. Capaz de vir para trás para ajudar a equipa nos processos ofensivos ao dar a bola pelos corredores laterais, também varia bem por entre os corredores e é um jogador muito irrequieto, sempre com vontade de ter bola e de ajudar a equipa.
Bem perto do cair do pano, chegaram as derradeiras oportunidades num jogo de parada e resposta, primeiro por Rodrigo Martins aos 90+3 a testar Stefanovic e depois por Papalele que chegou ligeiramente atrasado ao prmeiro poste.
O Leixões, 11.º classificado com 23 pontos no próximo encontro recebe em casa o Estoril, domingo às 11:15.
Fonte da Foto: Leixões SAD
Diogo Bernardino
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