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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

GOLO AO CAIR DO PANO DEIXA UM SABOR AMARGO

Estádio Cidade de Coimbra

17.ª Jornada da II Liga

Árbitro: Tiago Martins (AF Lisboa)

Académica 1-1 Leixões


Ao intervalo: 0-0

Marcadores: Nenê (65 g.p.) e João Mário (90+2)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Guima (33), Tiago André (37), Bruno Monteiro (42), Mike (58), Bruno Teles (78) e Fábio Vianna (90+3)


Académica: Mika, Fabiano (Fábio Vianna, 16), Bruno Teles, Rafael Vieira, Mike (Mimito Biai, 73), Sanca, Guima (Filipe Chaby, 73), Dias, Traquina, Fabinho (Dani, 73) e Rafael Furtado (João Mário, 32) 

Treinador adjunto: Fernando Alexandre


Leixões: Stefanovic, Edu Machado, Pedro Pinto, Brendon, Tiago Andre, Christophe Nduwarugira, Bruno Monteiro, Rodrigo Ferreira (Joca, 59), Avto (Lucas Lopes, 90+4), Kiki (Jefferson Encada, 59) e Nenê (Sapara, 83) 

Treinador adjunto: Tiago Pinheiro 


A sequência de triunfos consecutivos do Leixões terminou ao cair do pano, o que deixa um sabor amargo num encontro em que os 'bebés do mar' estiveram bem e tiveram tudo para conseguir a quarta vitória seguida.

Tiago Pinheiro fez uma mudança em relação ao último encontro com a entrada de Rodrigo Ferreira no lugar de Jefferson Encada.

Numa primeira parte muito tática, via-se pouco futebol e ambos os esquemas táticos das equipas encaixaram-se. A quantidade de paragens ao longo dos primeiros 45 minutos também não ajudou.

Num jogo incaracterístico de ambas as equipas, excetuando situações de bola parada, o jogo estava atado. Nenhum emblema não assumia as despesas do jogo e esperava pelo erro do adversário, para contra-atacar. A Académica tinha mais posse de bola, mas muito mais passiva.

Os duelos estavam acima do que era desejado, com boa agressividade, mas sem ser muito intenso.

A 'Briosa' ia sofrer duas contrariedades no encontro com as lesões de Fabiano aos 14 e de Rafael Furtado aos 29.

Do lado da Académica a profundidade que Sanca dava ao jogo ia ajudando os 'capas negras', sendo que o lance de João Mário aos 42 minutos foi a única que levou grande perigo.

No conjunto matosinhense que não podia contar com Beto infetado pelo coronavírus e que não tinha os seus líderes da equipa técnica no banco, José Mota e Paulo Sousa devido à COVID-19, a presença de Rodrigo Ferreira no meio-campo permitiu dar mais equilíbrio nessa linha e criar mais fantasia.

Rodrigo Ferreira jogava sempre mais próximo de Nenê, sendo que a formação matosinhense com posse de bola atacava em 4x3x3 e defendia em 4x4x2. Nenê teve o único lance de perigo do Leixões aos 19.

Na segunda parte, ao desenrolar dos minutos, as equipas soltavam-se mais e o jogo ia dando contornos de grande qualidade.

O Leixões ganhava as segundas bolas para atacar, num relvado pesado, aplicando um pressing mais intenso e consecutivo.

Tiago Pinheiro colocou em campo Jefferson Encada e Joca que regressava aos relvados e o Leixões começava a jogar com mais qualidade e com criatividade.

Isso sucedeu-se aos 63 minutos quando Encada descobre Joca que isolado tenta fintar Mika que fez falta no coração da área. 

Aos 65 Nenê com muita calma e concentração a fazer o seu sétimo golo no campeonato.

A Académica sentia na pele, a pagar o preço pelo estilo de jogo que fazia. A equipa de Coimbra balanceava muito para o ataque e o Leixões em contra-ataque e em transições rápidas criava sempre muito perigo.

Aos 67 Sanca de longe obrigou Stefanovic a defesa atenta, sendo que o atleta desequilibrava, mas não conseguia entrar nas zonas interiores do terreno.

Após várias trocas na Académica Traquina passava a jogar a lateral direito. A equipa de Rui Borges orientada pelo adjunto Fernando Alexandre não estava a ter uma boa predisposição ofensiva sendo que aos 79 Dani na assistência a João Mário fez com que Stefanovic tivesse de sujar a roupa.

Com a entrada de Encada o jogo agitou-se e este carregava a equipa na agressividade ofensiva e causava muito perigo. A linha defensiva do Leixões estava muito bem com Brendon em destaque muito forte nos duelos.

Um balde de água fria para o Leixões chegou aos 90+2 quando João Mário, no coração da área, rematou para defesa de Stefanovic e no ressalto este só teve de colocar a bola no fundo das redes.

A sequência terminou, mas o Leixões termina muito melhor a primeira volta do que aquilo que tinha antes da chegada de José Mota. O Leixões vai entrar na segunda volta a 10 pontos da subida de divisão e está oito pontos acima da descida.

O Leixões, 10.º classificado com 21 pontos vai este domingo, às 17:00 defrontar o Casa Pia.


Fonte das Fotos: Leixões SAD


Diogo Bernardino

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