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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

À CONVERSA COM MARTA COSTA JOGADORA DE FUTEBOL

Futebol de formação é uma máquina enorme com a capacidade de alimentar SONHOS e a abundância de matéria-prima é tanta que se dá ao luxo de não olha a meios para alcançar o seu fim. Geralmente só os melhores são recompensados após a transição, formação – sénior. Mas também há os casos que por mero azar da vida ficam de fora da corrida ou se tiver sorte, o processo é só retardado, que o diga Marta Costa, jovem atleta do SC Srª da Hora, que se lesionou na pré época, mas que teve e têm o discernimento de nunca abandonar o seu sonho. 

Manuel Sá – Como atleta do Srª da Hora, o que te levou a trocar as bonecas pela bola e chuteiras? 

Marta Costa - O gosto pelo futebol em si já vem desde pequenina, sempre preferi a bola nos pés em vez de bonecas. Sempre gostei de jogar futebol com o meu irmão e com os amigos tanto na escola como na rua. A paixão pela bola foi cada vez evoluindo mais a partir do momento em que tive a oportunidade de me integrar pela primeira vez numa equipa de futebol, sendo ela apenas feminina. 

 MS – Lesionada desde o início da época, a espera de intervenção cirúrgica, sentes que o teu sonho como futebolista abalou ou a esperança mantens forte e firme? 

MC - Infelizmente lesionei me demasiado cedo, o que me impediu de poder dar o meu contributo à equipa dentro de campo, mas mesmo assim não me impediu, nem impede de continuar a dar o meu contributo mesmo fora das 4 linhas nos treinos e nos jogos. Não é fácil confesso, estar tanto tempo parada ter aquela vontade de vestir o equipamento calçar as chuteiras e entrar para o campo, de sentir aquele nervoso miudinho antes de entrar em campo, de disputar cada jogo como se fosse o último, no fundo sentir falta daquilo que realmente sempre me fez feliz! O meu sonho como futebolista mantém se forte e firme, mesmo com as minhas limitações tento continuar a trabalhar sempre para a minha evolução e crescimento como atleta! 

MS – Como defines o atual momento do futebol feminino em geral? 

MC - O futebol feminino está em fase de crescimento, já se vê algumas melhorias significativas para o seu desenvolvimento, mas ainda há um grande caminho pela frente. O "investimento" feito pelo SJFP (Sindicato de Jogadores de Futebol Profissional) ao criar a APJA (Associação Portuguesa de Jogadores Amadores) deu um grande passo no sentido de ajudar e dar apoio no percurso futebolístico das atletas. A meu ver a parceria feita com a Allianz e o acordo feito com a TVI para a transmissão de jogos do futebol feminino demonstra mais uma vez que, o trabalho feito por todos nos tem contribuído de todas as formas para o seu crescimento a todos os níveis. Assim como lutar pelos mesmos direitos que o futebol masculino. 

MS - Como atleta, quais são os teus objectivos? 

MC - Como atleta o meu principal objectivo é continuar a trabalhar, cada vez mais para poder aprender e evoluir a cada dia que passa, não para me tornar melhor que os outros, mas sim que eu mesma. Poder passar alem das minhas próprias metas e objectivos. Tal como qualquer outra atleta que queira e se dedique ao futebol ambicionou um dia poder representar o nosso país a nível internacional. 

Entrevista de Manuel Sá 
Editada por Mário Mitch

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