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domingo, 30 de junho de 2013

A. F. PORTO - COM VAI SER? (Artigo de opinião)


Email enviado pelo leitor, João Manuel

Li um artigo publicado recentemente sobre os campeonatos distritais da A.F.Porto para 2013/14. Devo dizer que jamais me passaria pela cabeça que só houvessem cerca de 20 equipas para a 2ª distrital. Gostava de deixar uma opinião baseada numa reflexão mais ou menos cuidada sobre estes campeonatos.
O campeonato da Elite foi um exagero ter sido aprovado para 22 equipas e terem ficado todos os outros para 16.
 Desde logo há uma grande diferença de jogos para as equipas, que dentro de uma Associação não devia ser feito, pela desigualdade.
Mas a Direcção da Associação tinha de ter estudado todo o panorama e ter visto que equipas poderiam sobrar (isto porque pode sempre haver mais entradas ou desistências até 20 de Julho - data limite de inscrições das equipas). Mas se desistências são normais - e este ano será Ermesinde, o Atl.Vilar, o Aldeia Nova, o Marco B, entradas não se afiguram, pela crise que atravessamos e pelos elevados custos que a A.F.Porto pratica.
Aliás não se percebe como equipas que andam sistematicamente na 2ª distrital continuam na A.F.Porto, em vez de se dedicarem ao INATEL ou jogos concelhios.
Reparar que a Elite ficava com 20 equipas, a Honra e as 2 séries da 1ª distrital com 16 cada, restariam para a 2ª distrital muito poucas equipas para serem divididas por 2 séries, mas muitas equipas para 1 só.
 
 
A opinião já publicada que corre nas redes sociais sobre o possível alargamento da Honra e o fim da 2ª distrital parece-me uma óptima ideia.
 
Passo a expor:
 
Ter uma 2ª distrital com 1 séries de 10 ou 11 equipas? Erro tremendo. Fazerem 18 ou 20 jogos é demasiado pouco. A competitividade desaparece. As pessoas não sentem motivação. O campeonato acaba num abrir e fechar de olhos. Ter uma 2ª distrital com 23 equipas? Impossível. A Elite terá 22 e será um tremendo desgaste. Uma coisa demasiado pesada e vai aumentar e muito os custos. Imaginem deslocações das equipas do Marco/Baião a Gaia........ Numa 2ª distrital e a acontecer com regularidade seriam despesas que poderiam levar ao fim de muitas equipas. Uma desvantagem importante para as equipas da 2ª distrital que nunca vi se discutir. O facto de estarem tão longe da Elite...O que torna desmotivante acreditarem que podem chegar ao topo. Haver apenas 3 divisões era mais ajustado, mais sensato e promovia competitividade. HAVER 4 DIVISÕES NA A.F.PORTO torna as coisas mais desmotivantes para quem está no fundo, para eventuais equipas que possam entrar e para aquelas que lá estão neste momento. Quando se criam divisões, e séries dentro de divisões, é a pensar nas despesas. haver séries geográficas será para os clubes reduzirem custos. E as maiores dificuldades estão para os clubes que estiverem nas divisões mais inferiores. Quanto mais a baixo, mais difícil gerar receitas. Outra incongruência da AF Porto: Haver 2 séries na 1ª distrital e correr-se o risco de haver 1 só na 2ª distrital se entretanto houverem mais desistências e o nº de clubes se fixe em 17, 18 ou 19... E se o nº se fixar em 17, 18 ou 19, a AF Porto vai criar a 2ª distrital com este nº? E será que faz sentido uma divisão (2ª) abaixo da outra (1ª) ter mais equipas logo mais deslocações, logo mais jogos, logo mais despesas? Não faz sentido a 2ª distrital ter mais jogos e mais equipas que a 1ª distrital? Ou faz? Claro que não. Então o fim da 2ª distrital podia vir ao encontro das expectativas de todos os clubes. Porquê? menos divisões, mais fácil se subir, mais motivação. 1ª distrital a 3 séries, equipas mais próximas, mais derbis, mais gente, mais receitas. E se assim fosse a Honra teria de ser aumentada. Porque tal como explicado atrás não faria sentido a Honra ficar com 16, e as 3 séries da 1ª distrital com 18 ou 19 cada. Não faz sentido que uma divisão inferior tenha mais equipas que a superior. Por isso a Honra tinha de aumentar para 20 ou 22, para 18 nunca seria suficiente e o problema atrás explicado mantinha-se. Além disso ter a Honra nos moldes mais idênticos à Elite mostrava que se estava a ter um alinha de pensamento comum a todo o futebol distrital. Neste cenário, a Elite e a Honra com 22 equipas (total de 44), sobravam cerca de 48 ou 50 equipas que seriam divididas em 3 séries na 1ª distrital de 16 ou 17 ou 18 equipas. Isto dava coerência, à medida que se iam descendo na pirâmide havia menos equipas. Além disso, na 1ª distrital havia muito mais jogos das equipas próximas. reparem numa série onde podiam estar quase todas as equipas do Marco e Amarante, e noutra, por exemplo, com todas de Gaia, Porto e Matosinhos. Outro factor preponderante para o aumento da Honra e aproximá-la à Elite. Já que a Elite ficou tão grande, que se veja pelo lado positivo. Os campeonatos têm começo sempre na 2ª / 3ª semana de Setembro e acabam a meio de Maio. o Que dá cerca de 4 meses sem campeonato. Isto torna-se prejudicial para jogadores e para adeptos. Com um campeonato mais bem mais longo, as equipas jogam quase desde meio de Agosto a final de Maio. O que dá de férias quase só Junho. E parece ajustado e que vai ao encontro de todos. Será que estas alterações teriam de ir a Assembleia dos clubes? Será que há tempo para esta mudança? Tendo em vista que por exemplo o sorteio da Elite é já a 23 de Julho, não seria de fazerem chegar isto à A.F.Porto? Não seria de sensibilizar todos os intervenientes? Não deviam ser rápidos a tentar mudar isto? Será que alguém se opunha? Não ha ninguém interessado no futebol distrital que tente ouvir a opinião dos clubes sobre uma proposta destas? Já agora fica um desafio, já que eu não encontrei: há desvantagens destas alterações? Para quem? Quais?
 
JOÃO MANUEL

5 comentários:

  1. Amigo João Manuel, por esse raciocinio não faz sentido a II Liga ser aumentada para 24 clubes, porque teria mais que a I Liga, não faz sentido o CN Seniores ter 80 clubes, pois tem mais que a II Liga.

    Na AF Porto as coisas seriam muito simples. Elite com 20 clubes, Honra com 16 clubes, 1ª Distrital com séries de 14 clubes.

    Se a elite e a "Elite" os clubes têm de ter condições financeiras para as deslocações mais longas. Na honra um campeonato com 30 é o bastante. Na 1ª Distrital, não se deve ter séries longas por causa das deslocações, ficam campeonatos com 26jogos, 13 em casa e 13 fora e é o suficiente. Porque não devemos esquecer que organizar um jogo caseiro sai mais caro que fazer um jogo fora... uma equipa de Gaia ir ao baião, sai mais barato que jogar em casa com o Baião... Policiamento + Taxa de Jogo + agua, luz e gás = +/- 450€. E a receita é minima nesses jogos, porque os associados da casa não pagam bilhete e de fora não vem ninguém.

    A AF Porto deveria rever os custos das taxas de jogo, cobrar 190€ para a 1ª distrital é um roubo(!).

    Voltando á organização dos campeonatos.
    Elite = 20 clubes, 38jornadas
    Honra = 16 clubes, 30jornadas
    1ª Distrital = Séries de 14clubes, 26jornadas

    O que eu acho é que a AFP deveria voltar a ter a Taça, exclusivamente para clubes da 1ª distrital e Honra. Numa primeira fase com equipas da 1ª Distrital, divididos em grupos de 4 equipas, ara fazerem mais 3jogos, e depois os vencedores dos grupos juntavam-se ás equipas da Honra.

    Mas enfim, isso somos nós, adeptos que vamos vivendo as realidades de forma mais sensata que os srs que estao nos gabinetes.

    abraço a todos

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  2. Artigo de opinião associado á desistencia do Paços de Ferreita bem como ás incertezas da AF Porto

    http://vilanovenseblog.blogspot.pt/2013/07/pacos-de-ferreira-desiste-da-b.html

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  3. Eu acho que a Elite e a Honra deviam ter 18 clubes, como acontece agora na Honra... Porque 34 jornadas parece-me ajustado visto tornar o campeonato minimamente longo (começa em Setembro acaba em meados de Maio), e não acho que seja tão dispendioso quanto isso... Agora convinha de facto a AFP rever as questões das taxas/ Policiamento/ inscrições, porque de facto ajudam a "matar os clubes"

    Sobre a 2ª Divisão, em primeiro lugar devo dizer que muito provavelmente o Ermesinde inscreverá uma nova equipa, pelo que é sempre mais um clube com que contar.

    De reto não podia estar mais de acordo com a fusão da 1ª e da 2ª Distrital, dividindo-a em 3/4 séries de forma a diminuir as deslocações, aumentando assim os encontros entre equipas da mesma região

    João Laranjeira

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  4. esta ideia é excelente para bem do futebol distrital.mas será que os iluminados da nossa praça vao aproveitar.

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  5. lamento que haja alguem que se ache mais inteligente que os outros...
    todos têm direito à opinião... eu só quero deixar algumas dúvidas:
    a) para quê acabar com a 2ª distrital e reduzir a 1ª para 14 clubes, para depois criar a Taça? Para voltar a ter os mesmos jogos?
    b) se as equipas da 2ª passarem para a 1ª distrital acham que vão ser as da 1ª que passam a pagar a taxa de jogo e inscrição estipuladas para as da 2ª? não serão antes das equipas da 2ª que passam a ter os custos das equipas da 1ª?
    c) se afinal só desistem aldeia nova e atlético vilar, ermesinde terá nova equipa, para quê acabar com 2ª distrital? se a 2ª distrital tiver de ficar com séries de 10 11 ou 12 equipas assim deve ser. As equipas da 2ª distrital à partida têm mais dificuldades por isso se tiverem menos jogos também têm menos despesas.
    d) elite com 20 e honra com 16, sabem quantas equipas sobram para a 1ª distrital se acabarem com a 2ª? fizeram contas? por isso falam em séries de 14 porquê? porque é bonito?

    Acho que é melhor não querermos pensar pela cabeça dos outros.

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