O capitão Nuno Silva está desolado por não poder dar mais o seu contributo ao Leixões até final da época. A um jogo de chegar às 350 partidas oficiais pelo centenário emblema do Mar, o experiente craque Leixonense lamenta o sucedido na Madeira e pede todo o apoio aos sócios e simpatizantes para o jogo com o Estoril, o último da época no Estádio do Mar.
Se não fosse a expulsão no jogo da Madeira, ia cumprir, frente ao Estoril, o jogo oficial n.º 350 com a camisola do Leixões. O que lhe passou pela cabeça quando soube que tinha sido castigado com dois jogos de suspensão?
Nuno Silva – O que posso dizer sobre isso é que estou muito orgulhoso por deter o recorde de jogos com a camisola do Leixões. Sabia que ia fazer o jogo n.º 350 com o Estoril, mas, infelizmente, não o vou poder realizar. Tenho muita pena. Era bonito atingir um número, como se costuma dizer, redondo pelo Leixões, o Clube que mais contribuiu para a minha carreira. Não é à toa que digo que, apesar de ter nascido em Lisboa, me sinto tão matosinhense como as pessoas que nasceram aqui. A minha filha nasceu aqui e é aqui que vou continuar a viver. Já são muitos anos nesta terra, que fez o favor de me acolher como um natural de cá. Não me canso de dizer que agradeço muito às gentes matosinhenses pela forma como sempre me trataram.
O jogo da Madeira é mesmo para não recordar?
Ficámos todos com um enorme sentimento de revolta. Nenhum dos dois lances que permitiram ao União virar o resultado era para penálti, mas o resultado foram dois golos e a minha expulsão. Ainda por cima fui castigado com dois jogos de suspensão. Para além disso, tivemos mais dois jogadores (Jumisse e Luís Silva) expulsos. Pensei que já não havia disto, mas… Perdemos um jogo que não merecíamos por acções externas ao próprio jogo. Isso não devia acontecer. Já não bastam todos os problemas com que nos debatemos diariamente, ainda tínhamos de nos confrontar com decisões no mínimo muito polémicas. Mas isso espero que seja devidamente analisado por quem de direito.
Ainda por cima, este jogo pode ter sido o último da sua carreira. Ou não é assim? Depois de uma época com um nível exibicional tão elevado, reconhecido unanimemente, será que não dá para adiar o adeus por mais um ano?
Não sei, a sério que não sei. Inicialmente tinha pensado que esta seria a minha última época, mas depois de ver a forma como me sinto, a maneira como me correu esta temporada, estou indeciso. Já muita gente me disse que tenho condições para continuar. Vamos ver, vamos ver. Em breve tudo se decidirá.
Mas o futuro do Clube é incerto, como o próprio Nuno Silva já alertou na devida altura.
Isso é outra das coisas que não consigo perceber. A cidade de Matosinhos, toda a comunidade, parece que ainda não percebeu que o Leixões pode acabar. A Administração da SAD, que está demissionária, continua a fazer das tripas coração para resolver os problemas do Leixões, mas recebe pouquíssimo auxílio externo. Segundo sei, muita gente até falhou em muitas promessas que fez. Não entendo como as chamadas forças vivas de Matosinhos não unem esforços para ajudar a salvar um Clube, cujo nome, como disse e bem o nosso treinador, se sobrepõe muitas vezes ao próprio nome da cidade.
E agora vem aí o jogo com o Estoril, em que o Leixões precisa de vencer para se manter na luta pelo quarto lugar. Como perspectiva esta partida?
É um jogo para ganhar. O Estoril não vem descansado para Matosinhos, pois perdeu muitos pontos nos últimos jogos e a subida que parecia perfeitamente garantida há uns tempos já não é um dado adquirido. Nós damo-nos bem com as melhores equipas, porque jogam um futebol mais aberto. Além do mais, estamos a lutar pelo quarto lugar, que pode dar acesso a uma liguilha e vamo-nos bater até ao fim. Que toda a gente fique bem ciente disto: o Leixões vai lutar até mais não poder. A história e o prestígio deste Clube obrigam a que se dê sempre o máximo.
Ainda por cima, é o nosso último jogo em casa. Era bom podermos despedir-nos dos adeptos com um bom resultado…
É claro que sim. Os nossos sócios e simpatizantes podem ter uma acção muito importante no domingo. Ao longo de toda a época, os nossos sócios têm estado ao lado da Equipa de uma forma espectacular. E tenho a certeza que no domingo, até por ser o último jogo da Liga em nossa casa, vão comparecer em força e ajudar-nos a conseguir uma vitória que será muito importante. Se há quem não deixe de acreditar e de nos apoiar até ao limite das suas forças são os nossos adeptos. Em campo, a Equipa só tem de retribuir à altura. É isso que vai acontecer. Não tenham dúvidas.
Site Oficial LSC
Se não fosse a expulsão no jogo da Madeira, ia cumprir, frente ao Estoril, o jogo oficial n.º 350 com a camisola do Leixões. O que lhe passou pela cabeça quando soube que tinha sido castigado com dois jogos de suspensão?
Nuno Silva – O que posso dizer sobre isso é que estou muito orgulhoso por deter o recorde de jogos com a camisola do Leixões. Sabia que ia fazer o jogo n.º 350 com o Estoril, mas, infelizmente, não o vou poder realizar. Tenho muita pena. Era bonito atingir um número, como se costuma dizer, redondo pelo Leixões, o Clube que mais contribuiu para a minha carreira. Não é à toa que digo que, apesar de ter nascido em Lisboa, me sinto tão matosinhense como as pessoas que nasceram aqui. A minha filha nasceu aqui e é aqui que vou continuar a viver. Já são muitos anos nesta terra, que fez o favor de me acolher como um natural de cá. Não me canso de dizer que agradeço muito às gentes matosinhenses pela forma como sempre me trataram.
O jogo da Madeira é mesmo para não recordar?
Ficámos todos com um enorme sentimento de revolta. Nenhum dos dois lances que permitiram ao União virar o resultado era para penálti, mas o resultado foram dois golos e a minha expulsão. Ainda por cima fui castigado com dois jogos de suspensão. Para além disso, tivemos mais dois jogadores (Jumisse e Luís Silva) expulsos. Pensei que já não havia disto, mas… Perdemos um jogo que não merecíamos por acções externas ao próprio jogo. Isso não devia acontecer. Já não bastam todos os problemas com que nos debatemos diariamente, ainda tínhamos de nos confrontar com decisões no mínimo muito polémicas. Mas isso espero que seja devidamente analisado por quem de direito.
Ainda por cima, este jogo pode ter sido o último da sua carreira. Ou não é assim? Depois de uma época com um nível exibicional tão elevado, reconhecido unanimemente, será que não dá para adiar o adeus por mais um ano?
Não sei, a sério que não sei. Inicialmente tinha pensado que esta seria a minha última época, mas depois de ver a forma como me sinto, a maneira como me correu esta temporada, estou indeciso. Já muita gente me disse que tenho condições para continuar. Vamos ver, vamos ver. Em breve tudo se decidirá.
Mas o futuro do Clube é incerto, como o próprio Nuno Silva já alertou na devida altura.
Isso é outra das coisas que não consigo perceber. A cidade de Matosinhos, toda a comunidade, parece que ainda não percebeu que o Leixões pode acabar. A Administração da SAD, que está demissionária, continua a fazer das tripas coração para resolver os problemas do Leixões, mas recebe pouquíssimo auxílio externo. Segundo sei, muita gente até falhou em muitas promessas que fez. Não entendo como as chamadas forças vivas de Matosinhos não unem esforços para ajudar a salvar um Clube, cujo nome, como disse e bem o nosso treinador, se sobrepõe muitas vezes ao próprio nome da cidade.
E agora vem aí o jogo com o Estoril, em que o Leixões precisa de vencer para se manter na luta pelo quarto lugar. Como perspectiva esta partida?
É um jogo para ganhar. O Estoril não vem descansado para Matosinhos, pois perdeu muitos pontos nos últimos jogos e a subida que parecia perfeitamente garantida há uns tempos já não é um dado adquirido. Nós damo-nos bem com as melhores equipas, porque jogam um futebol mais aberto. Além do mais, estamos a lutar pelo quarto lugar, que pode dar acesso a uma liguilha e vamo-nos bater até ao fim. Que toda a gente fique bem ciente disto: o Leixões vai lutar até mais não poder. A história e o prestígio deste Clube obrigam a que se dê sempre o máximo.
Ainda por cima, é o nosso último jogo em casa. Era bom podermos despedir-nos dos adeptos com um bom resultado…
É claro que sim. Os nossos sócios e simpatizantes podem ter uma acção muito importante no domingo. Ao longo de toda a época, os nossos sócios têm estado ao lado da Equipa de uma forma espectacular. E tenho a certeza que no domingo, até por ser o último jogo da Liga em nossa casa, vão comparecer em força e ajudar-nos a conseguir uma vitória que será muito importante. Se há quem não deixe de acreditar e de nos apoiar até ao limite das suas forças são os nossos adeptos. Em campo, a Equipa só tem de retribuir à altura. É isso que vai acontecer. Não tenham dúvidas.
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