Segundo o jornal na origem de todo o problema está um pedido de insolvência pelo antigo presidente Manuel Rodrigues.
“Por causa dos problemas funcionais causados pela pandemia, só em janeiro passado fomos notificados da situação, mas não quisemos alertar ninguém, porque a equipa estava a lutar pela subida, estava em primeiro, e isso iria causar perturbação nos sócios e nos jogadores. Não foi para manter em segredo o problema, até porque tínhamos a convicção de que iríamos ganhar a causa”, descreve António Pinho.
A decisão do Tribunal de Santo Tirso condenou Manuel Rodrigues, "por litigação de má fé, por ter intentado uma ação sem o mínimo fundamento legal".
Segundo o presidente a decisão do Tribunal chegou tarde e estar em decurso um processo de insolvência em curso afastou o investidor.
“Foi uma questão de dias. Formámos a SAD que herdaria um passado limpo, mas a FPF não foi sensível, e podia ter sido, porque estava a par do nosso problema. Se a decisão do tribunal tivesse vindo uns dias mais cedo, o Leça não estaria nesta confusão”, salientou.
A Direção do clube revelou que vai demitir-se e recandidatar-se a eleições.
“Queremos que sejam os sócios a decidir se nos querem ou não; por nós, não abandonaremos o barco. Estamos aqui desde 2011, sempre tivemos a preocupação de pagar as dívidas que herdámos e estamos a conseguir. Apesar disso, conseguimos, com a ajuda do investidor, formar equipas com qualidade. Não é por acaso que, mesmo nesta situação, continuam a surgir interessados em investir no clube. O Leça tem uma história rica e não vai morrer. É duro, tira-nos o sono. Temos esperança, mas, se não nos for dada razão, não vamos desistir”, promete.
O clube tem em andamento um recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto na esperança de ver revertida a decisão da Federação e de conseguir competir na Liga 3.
Fonte da Foto: DR
Diogo Bernardino