Estádio do Mar
12.ª Jornada da II Liga
Árbitro: Iancu Vasilica (AF Vila Real)
Leixões 2-0 Vilafranquense
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Nenê (29) e Kiki (72)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Jefferson (31), Bruno Monteiro (54), Timbó (56), André Dias (60 e 61), André Claro (61) e Vítor Bruno (90+4). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para André Dias (61).
Leixões: Stefanovic, Edu Machado, Pedro Pinto, Brendon Lucas, Tiago André, Christophe Nduwarugira Bruno Monteiro, Kiki (Lucas Lopes, 73), Avto (Sapara, 90+3), Jefferson Encada (Paulo Machado, 64) e Nenê (Rui Pedro,73).
Treinador adjunto: Cristiano Brito
Vilafranquense: Tiago Martins, Marco Grilo (Veiga, 82), Sparagna, Timbó (Tarcísio, 63), Vítor Bruno, Jefferson, Varela (Leandro, 76), Diogo Izata, Kady, André Dias e André Claro
Treinador: João Tralhão
O Leixões somou o terceiro triunfo consecutivo na II Liga, num encontro em que o resultado foi melhor do que a exibição.
Cristiano Brito no lugar de José Mota infetado com COVID-19 fez duas alterações em relação ao último encontro com as entradas de Stefanovic e Tiago André nos lugares de Beto, também infetado com coronavírus e Rafael Furlan.
O treinador, de 56 anos, e o guarda-redes, de 38, encontram-se em isolamento.
Antes do início do encontro, os titulares do Leixões homenagearam os profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à COVID-19, tendo envergando uma bata e utilizando uma máscara. Este gesto simbólico, teve o objetivo de "agradecer a todos os profissionais de saúde o brilhante trabalho desenvolvido no combate".
O Leixões não entrou muito bem no encontro, não conseguindo criar pressão ao adversário, nem muito tranquilo quando tinham a posse de bola.
Durante o encontro o Vilafranquense teve mais bola e começou melhor com duas oportunidades de perigo, logo aos dois minutos quando Varela frente a frente a Stefanovic não conseguiu ultrapassar o guarda-redes sérvio e no lance logo a seguir após um lance bem desenhado com a envolvência de Vítor Bruno ex-Leixões e André Claro também ex-leixonense rematou com muito perigo.
A formação leixonense muito intranquila em campo não conseguia ligar jogo, algo inesperado devido ao facto da motivação dos jogadores estar melhor depois dos dois triunfos conseguidos nos últimos encontros.
O Leixões criou o primeiro lance de perigo aos 12 minutos quando após um bom lance desenhado por Christophe e Avto com Kiki a não conseguir a melhor finalização.
Os 'bebés do mar' conseguiram ter mais bola a partir dos 15 minutos, começando a instalar-se mais no meio-campo do Vilafranquense muito bem orientado por João Tralhão, com vários jogadores em destaque para que isso se sucedesse.
Christophe com a sua capacidade física e boa qualidade de passe, criava problemas à linha média do Vilafranquense. Avto com a capacidade de flanquear do corredor lateral para o central confundia a linha defensiva de Vila Franca de Xira, Encada com a sua velocidade e Kiki pela variedade de soluções que traz à equipa foram peças determinantes.
Nota-se que desde a chegada de José Mota ao comando técnico do Leixões, a formação matosinhense está mais personalizada e com melhor qualidade nos processos defensivos e ofensivos. A equipa pressiona melhor na primeira fase de construção e quando tem bola sai com melhor qualidade quando começa os seus processos ofensivos.
O Leixões encontrava pela frente uma equipa bem compacta e bem organizada defensivamente que travava os lances criados pelos matosinhenses.
Foi na insistência e na persistência que o Leixões chegaria ao golo.
Aos 29 minutos, Avto recebeu um passe longo, tenta ganhar a frente ao guarda-redes Tiago Martins e isolado cruzou para Nenê que estava esquecido e o ponta de lança brasileiro sozinho só teve de fazer o mais fácil, encostar para o fundo das redes. Sexto golo do avançado na época.
No lance a seguir ao golo o staff e equipa técnica do Vilafranquense reclamaram uma grande penalidade, após um lance confuso entre vários jogadores do Leixões e da equipa de Vila Franca de Xira. Ainda na primeira parte reclamaram mais um penálti.
O Leixões até ao final da primeira parte conseguiu segurar o jogo ao seu ritmo e descomplicou-se um pouco.
Na segunda parte, o Vilafranquense esteve melhor, perante um Leixões que se ponha a jeito, com várias perdas de bolas e com a formação ribatejana com um futebol mais claro e de pendor ofensivo, mas Stefanovic nunca teve grande perigo nos primeiros minutos dos segundos 45 minutos.
A formação de João Tralhão viria a ficar reduzida a 10 jogadores depois da expulsão de André Dias aos 62 minutos.
Mesmo assim após a expulsão viria a ser a equipa do Vilafranquense a ter as melhores oportunidades, com a mais flagrante a ocorrer aos 65 minutos, quando José Varela isolado só com Stefanovic pela frente falhou à boca da baliza.
O Leixões aproveitou a ineficácia do adversário, para chegar ao segundo golo. Aos 72 minutos, após mais uma excelente jogada de Avto, a bola encontra Nenê que passa para Kiki que só teve de a colocar no fundo das redes. Terceiro golo na temporada do avançado. Uma cópia exata de como foi o primeiro golo.
Os matosinhenses não conseguiram ter mais oportunidades de jogo até ao final, onde o Vilafranquense, uma equipa que não deitava a toalha ao chão, ambicionava ainda lutar pelo resultado, sendo que por várias vezes teve oportunidade, a mais perigosa aos 87 quando André Claro não conseguiu bater Stefanovic.
Os homens de José Mota perderam com muita facilidade as bolas, sempre que o Vilafranquense fazia pressão na primeira fase de construção sendo que cortes importantes de Pedro Pinto e Brendon que fizeram um bom jogo foram vitais.
O resultado foi melhor do que a exibição, mas no final a história do encontro diz-nos que o Leixões somou a terceira vitória consecutiva, tem cinco golos apontados e apenas um golo sofrido nos últimos três encontros.
O Leixões, 10.º classificado com 20 pontos defronta na terça-feira às 17:00 a Académica no Estádio Cidade de Coimbra, para finalizar a primeira volta do campeonato.
Fonte das Fotos: Duarte Rodrigues
Diogo Bernardino