Estádio do Mar, em Matosinhos.
10.ª Jornada da II Liga
Árbitro: Fábio Melo (AF Porto).
Leixões 1-1 Oliveirense
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Nenê (7) e Lima (76)
Ação disciplinar: cartão amarelo para Raniel (26), Rafael Furlan (34), Oliveira (49) e Jota (84). João Eusébio (64)
Leixões: Beto, Edu Machado, Pedro Pinto, Brendon Lucas, Rafael Furlan, Nduwarugira, Lucas Lopes (Jota Silva, 54), Rodrigo (Wendel, 81), Avto, Rui Pedro e Nenê (Jota, 69).
Treinador: João Eusébio.
Oliveirense: Arthur Augusto, Leandro Silva, Steven Pereira, Pedro Machado (Lima, 61), Raniel, Léo Bahia, Oliveira (Pedro, 83), Ono, Michel de Lima (Filipe Gonçalves, 62), Dionathã (Bortoluzzo, 61) e Jorge Teixeira (Thalis, 83).
Treinador: Raúl Oliveira.
O Leixões marcou passo frente à Oliveirense, onde após uma primeira parte dominadora, na segunda a equipa pôs-se a jeito com uma abordagem mais defensiva, conquistando apenas um ponto, quando tinha tudo para regressar aos triunfos.
No último jogo de João Eusébio, este fez duas alterações com as entradas de Lucas Lopes e Rui Pedro nos lugares de Paulo Machado e Encada.
José Mota vai ter nas mãos uma equipa algo desmotivada a nível emocional, sendo que vai ter um grande trabalho pela frente.
Este vai ter que injetar muita energia ao plantel leixonense que necessita de melhorar a vários níveis para conseguir melhores resultados e uma melhor posição na classificação.
O encontro era importante para as duas equipas, pois ambas estavam na cauda da tabela e uma vitória daria mais confiança e um melhor alívio para os próximos jogos.
A formação leixonense que jogou em 4x4x2 começou com uma excelente atitude competitiva na primeira parte, apostando pelos corredores laterais para conseguir cruzamentos de qualidade para o coração da área.
A excelente entrada coincidiu com o golo de Nenê logo aos sete minutos.
Uma excelente jogada no corredor esquerdo, onde Rafael Furlan ganhou na luta pela bola cruzou para Nenê que com um toque subtil colocou a bola no fundo das redes. Quinto golo do avançado na temporada.
A formação orientada por Raúl Oliveira que quando atacava jogava em 3x5x2, defendia em 5x3x2.
A equipa aveirense tinha muitas dificuldades em conseguir colocar a bola no último terço da área, mas tinha facilidades para variar a bola por todo o terreno de jogo na primeira fase da construção, onde a formação matosinhense não fazia pressão à linha defensiva.
O Leixões assumia de forma repartida a posse de bola com a equipa de Oliveira de Azeméis, que era muito macia no ataque, sendo que só aos 23 minutos por Oliveira é que levou Beto a ter de se esforçar.
Beto foi durante a primeira parte e metade da segunda parte um mero espetador, com a formação de Aveiro a não conseguir fazer 'cócegas' à baliza leixonense, graças ao mérito da linha defensiva do Leixões, com destaques para Pedro Pinto e Christophe, duas muralhas intransponíveis.
O Leixões tomava conta das rédeas do jogo, mas não conseguia penetrar no último terço do terreno devido às linhas compactas da UD Oliveirense e também devido a passes errados à procura da profundidade dos atacantes.
Com as linhas muito juntas, os 'bebés do mar' só através da bola parada conseguia criar muito perigo, sendo que aos 15 minutos Rafael Furlan com um livre muito perigoso quase raspou a barra de Arthur.
Os minutos foram passando, sendo que o golo foi um 'boost' de energia necessário para o Leixões encarar este encontro com mais calma e explorar as fragilidades da formação aveirense, mas apresentava dificuldades no último passe.
Na segunda parte, o rumo do jogo mudou com a Oliveirense a ter mais bola, tomando conta das rédeas do jogo, forçando o Leixões a recuar e muito as linhas e aos poucos e poucos a acreditar que podia trazer pontos do Estádio do Mar.
Aos 61 Raúl Oliveira efetuou três trocas para refrescar várias posições, mas estas não surtiram efeito até aos 70 minutos quando o Leixões pôs-se a jeito. Com mais confiança os jogadores da Oliveirense instalaram-se no meio campo contrário e colocavam a defesa leixonense em sentido.
Aos 69 minutos o Leixões mudou o sistema tático para o 4x3x3 a juntar Jota Garcês a Christophe, mas esta solução encontrada por João Eusébio não surtiu efeito.
E como se diz na gíria popular água mole em pedra dura tanto bate até que fura Lima aos 76 vai empatar com um golpe de cabeça depois de um cruzamento de Léo Bahia. Um balde de água fria no Estádio do Mar.
O cronómetro ia avançando e, a cheirar a empate, o Leixões carregou para tentar chegar à vitória. Os leixonenses passaram a jogar no meio-campo contrário e a despejaram várias bolas para a área de Arthur
Aos 80 Wendel substituiu Rodrigo e os matosinhenses voltaram a jogar no 4x4x2 e a partir daqui o Leixões voltou a ter mais bola, mas escasseavam oportunidades, sendo que aos 89 Jota Silva com um cabeceamento perigoso foi o lance mais perigoso.
O Leixões tinha tudo nas suas mãos para conseguir o regresso aos triunfos, mas a abordagem mais defensiva ao guardar a vantagem até ao final do jogo foi fatal.
O Leixões, 16.º classificado com 11 pontos e com um jogo em atraso vai defrontar o FC Porto B, segunda-feira às 15:00 na próxima jornada.
Fonte das Fotos: Duarte Rodrigues
Diogo Bernardino