Estádio 25 de Abril, em Penafiel.
II Liga Jornada 11
Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve).
Penafiel 1-0 Leixões
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Ronaldo Tavares (3)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Jota Garcês (10), Ronaldo Tavares (41), Bruno Monteiro (43), Kiki (52), Rui Pedro (58), Vasco Braga (75), Simãozinho (77) e Brendon (90+3).
Penafiel: Luís Ribeiro, Capela, David Santos, Paulo Henrique, Pedro Coronas, João Amorim (Júnior Franco, 70), Vasco Braga, Simãozinho, Bruno César (Gustavo Henrique, 87), Ronaldo Tavares (Ludovic, 64) e Wagner.
Treinador: Pedro Ribeiro.
Leixões: Beto, Edu Machado (Rui Pedro, 54), Pedro Pinto, Brendon, Moustapha Seck (Rafael Furlan, 19), Bruno Monteiro, Jota Garcês (Joca, 54), Paulo Machado (Wallyson, 54), Kiki (Jota Silva, 74), Jefferson Encada e Nenê.
Treinador: João Eusébio.
O golo madrugador e polémico de Ronaldo Tavares logo no início do encontro ditou o desfecho da partida, num jogo em que o Leixões teve mais bola e mais domínio na segunda parte mas insuficiente para sair com pontos.
O treinador do Leixões João Eusébio fez três alterações em relação ao último encontro com as entradas de Beto, Paulo Machado e Encada nos lugares de Tiago Silva, Joca e Sapara.
Neste encontro os jogadores do Leixões homenagearam o treinador Vítor Oliveira que morreu no sábado, 21 de novembro, dia do aniversário do clube, com o seu nome nas camisolas personalizadas dos jogadores em memória do matosinhense que foi timoneiro na subida à Primeira Liga em 2006/07.
O Leixões regressou aos encontros uma semana. e meia depois do surto de COVID-19 dentro do seio do grupo de trabalho.
A formação leixonense durante a primeira parte teve muitas dificuldades em contrariar a qualidade ofensiva do Penafiel, que começou logo a criar perigo aos dois minutos por Wagner num lance em que Beto teve de se aplicar.
O Penafiel explorava muito bem o jogo em profundidade atrás das costas da linha defensiva leixonense que tinha dificuldades em travar Wagner, um jogador com excelente capacidade de drible e velocidade.
O lance de Wagner aos dois minutos serviu de mote para aos três minutos o Penafiel marcar o golo decisivo da partida.
Wagner mais uma vez explora muito bem a velocidade e solto nas costas da defesa assiste Ronaldo Tavares que ao segundo poste só teve de encostar para o fundo das redes.
Mas o lance mereceu muitos protestos dos leixonenses e do staff por um fora de jogo no início da jogada, um lance ao qual Beto e João Eusébio explicaram no final do jogo que Ronaldo estava vários metros sob a linha defensiva leixonense.
Mesmo assim, o Penafiel tinha a lição bem estudada, defendendo bem com um sistema de 5x4x1 e mudando para o 3x4x3 quando atacava e jogava, inibindo o Leixões das suas armas, com o jogo interior e os lances pelos corredores laterais.
O defesa lateral senegalês Moustapha Seck contratado à Roma fez a sua estreia mas não demorou mais do que 17 minutos, quando saiu do encontro lesionado para dar lugar a Furlan.
A equipa matosinhense tinha muitas dificuldades em chegar com critério ao último terço, com muitos passes errados, dificuldade em sair com jogadas rápidas. Apesar de ter mais posse de bola na primeira parte, isso não se traduzia em remates.
O Penafiel saía com facilidade e de forma rápida para o coração da área, onde Wagner aos 12, Ronaldo aos 17, João Amorim aos 22 tiveram enormes oportunidades para ampliar o marcador.
O internacional português Beto ia travando o que podia e o que não podia, com Pedro Pinto a ter um bom papel em campo, travando bem as investidas de Wagner e de Ronaldo.
O Penafiel dominava as operações do jogo na primeira parte, com o Leixões muito lento na posse de bola e na sua circulação e com o golo madrugador o Penafiel moralizado aparecia solto em campo.
O Leixões saía da primeira parte sem ter criado perigo, a única vez que teve perto das redes de Luís Ribeiro ex-leixonense foi num cruzamento de Kiki para a cabeça de Nenê onde esta bate num defesa duriense e o avançado experiente brasileiro pediu grande penalidade, ao qual o árbitro mandou seguir.
Na segunda parte Beto ia novamente ser protagonista, aos 48 com uma das defesas da jornada, quando numa segunda bola Simãozinho cabeceia e de forma repentina Beto ganha o duelo e defende com as pontas dos dedos.
No início da segunda parte o Penafiel tinha perigo, mas a posse de bola era toda para o Leixões.
João Eusébio necessitava de mudar algo e aos 54 minutos fez uma tripla alteração com as entradas de Rui Pedro para refrescar o ataque e dar mais um ponta de lança na área no lugar de Edu Machado, do qual Encada voltou ao lugar de lateral esquerdo, algo que não lhe é estranho; Joca mais fresco para realizar os passes determinantes no lugar de Jota e a estreia de Wallyson para organizar os ataques ofensivos no lugar de Paulo Machado.
Estas três alterações foram acertadas, dando outra dinâmica ao Leixões que mudou para o 4x4x2 e chegou mais perto da baliza.
Aos 69 Brendon criou o primeiro lance de perigo e notava-se que os 'bebés do mar' tinham mais liberdade para atacar, jogava sempre com tração para a frente, não deixando o Penafiel contra-atacar.
Aos 79 Brendon teve uma oportunidade de ouro quando numa boa jogada coletiva, Brendon aparece isolado no coração da área e 'in extremis' Luís Ribeiro defendeu a bola.
A estreia de Wallyson teve bons apontamentos, com o médio ex-Nice e ex-Sporting a ser um excelente organizador de jogo, com qualidade nos passes diagonais, a procurar muito bem os seus colegas, com bons passes de desmarcação. Wallyson com uma visão de jogo apurada, criava dores de cabeça à linha defensiva do Penafiel.
Apesar de ter poucas oportunidades na segunda parte, o Penafiel aos 90 por Wagner falhou à boca da baliza de Beto, com Brendon a pressionar muito bem o avançado que mandou muito por cima das redes durienses.
Aos 90+3 Rui Pedro com um remate perigoso numa segunda bola quase apontou o golo da igualdade.
O Leixões, 15.º classificado com nove pontos na próxima quarta recebe a Oliveirense às 18:00 no jogo em atraso da 10.ª jornada.
Fonte da Foto: Leixões SAD
Diogo Bernardino