MAIS FUTEBOL DE MATOSINHOS

segunda-feira, 13 de abril de 2020

SELEÇÃO ABDICA METADE DO PRÉMIO DE QUALIFICAÇÃO EURO'2020 PARA FUTEBOL NÃO PROFISSIONAL

A seleção nacional por ordem do capitão Cristiano Ronaldo pediu aos companheiros de trabalho para abdicar de metade do prémio de qualificação do Euro'2020 para doar aos clubes do futebol e futsal não profissional, revelou a Federação.

A seleção doou cerca de um milhão de euros para o fundo que já era de 4,7 milhões de euros.

Assim no total, a Federação Portuguesa de Futebol tem cerca de 6,7 milhões de euros para emprestar aos clubes que façam parte das provas nacionais não profissionais como o Leça no Campeonato de Portugal, Freixieiro da segunda divisão nacional de futsal e Leça do Balio da segunda divisão feminina de futebol. 

"Se partilhamos as mesmas inquietações em relação à saúde pública e segurança de todos os que nos rodeiam; se sentimos a mesma vontade de regressar aos relvados, também é verdade que estamos conscientes que o futebol nos proporcionou condições de vos podermos ajudar a superar os obstáculos com que se confrontam diariamente, ao mesmo tempo que contribuímos, esperamos, para os vossos futuros sucessos", comunicou a seleção nacional que tem dentro do seu lote habitual de jogadores o guarda-redes ex-Leixões Beto.

A verba caso os clubes matosinhenses decidam aderir ao programa de apoio é concedida a título de empréstimo, sem juros, e liquidada em prestações, primeiro em junho de 2021 (10%), 2022 (25%), 2023 (40%) e 2024 (25%). 


Fonte da Foto: FPF


Diogo Bernardino

"TENHO O RITUAL DE CALÇAR A LUVA E BOTA ESQUERDA MAIS TOALHA AZUL"

O guarda-redes do Leça, Jorge Cristiano, revelou que tem o ritual de "calçar a luva e bota esquerda em primeiro mais uma toalha azul", em declarações às redes sociais do clube.

"O Leça é mais que um clube, é uma família", descreveu o guarda-redes do Leça.

Cristiano mencionou que a vitória por 2-1 frente ao Lusitano de Vildemoinhos foi a vitória mais saborosa do campeonato.

Apontou como puxa-saco o seu companheiro brasileiro Gustavo Galil. O avançado Pedro Prazeres é considerado o melhor jogador do plantel, na sua opinião, mas também como o mais molengão do grupo.

O avançado João Van Zeller é considerado para Jorge Cristiano o jogador mais aziado dentro do grupo, além de ser o último a chegar aos treinos.

O lateral Joel Mateus é o pior jogador de FIFA segundo Cristiano e o central Né Lopes é o mais vaidoso dentro do grupo.
Jorge Cristiano revelou que caso não fosse guarda-redes, seria lateral-direito.


Fonte da Foto: DR


Diogo Bernardino

CAPITÃES DO CAMPEONATO DE PORTUGAL INCLUINDO DO LEÇA PEDEM PLAY-OFF A 16 EQUIPAS

Capitães do Campeonato de Portugal que inclui Leça, Anadia, Alverca, Louletano, Sertanense, SC Espinho e Vitória SC B pedem play-off a 16 equipas para ajudar jogadores a "alimentar suas famílias", em carta enviada à Federação Portuguesa de Futebol.

No documento a que o Mitchfoot teve acesso, os capitães de V. Guimarães B (Jorginho), Espinho (Carlitos), Leça (Paulo Lopes), Rui Rainho (Anadia), Bruno Torres (Sertanense), Rafael Castanheira (Alverca) e Hélio Pinto (Louletano) sete das oito equipas que ficaram à data da suspensão em terceiro e quarto lugar com muitas possibilidades de se qualificarem para o play-off que seria realizado caso não houvesse a situação da pandemia enviaram uma carta à FPF pedindo um play-off com 16 equipas. 

"Julgamos que um play-off a 16 equipas (as 4 primeiras de cada série) seria uma decisão ajustada à realidade em que se encontrava a classificação à data de interrupção do campeonato", salienta o comunicado já enviado aos dirigentes máximos da Federação que rege o Campeonato de Portugal.

O Mitchfoot sabe em exclusivo que o Presidente do clube José António Pinho e o treinador Domingos Barros apoiam esta decisão de avançar para um play-off para 16 equipas para dar a oportunidade de em campo as equipas que a nove jornadas do fim da primeira fase do campeonato tinham hipóteses de se qualificar para o play-off.

"O nosso desejo é simples: se vão haver subidas de divisão, deixem ser os jogadores a disputá-las dentro do campo!", destacam o grupo de capitães. 

Os vários líderes de balneário frisam que é da "maior importância" ajudar os atletas que neste momento passam por uma "má situação" para terem a garantia de que "terão o devido sustento para as suas famílias num futuro próximo"

"Só este pequeno grupo de dignos profissionais que de sua atividade e do Campeonato de Portugal alimentam suas famílias, por volta de 500 a 600 pessoas, que vivem desta indústria. Mais que lutamos dentro do campo, lutamos por nós e pelos nossos!", destacam os capitães no comunicado.

Estes referem as consequências que esta paragem traz não só aos clubes e aos jogadores em termos económicos, mas também para os jogadores a nível de performance e em termos profissionais.

"Gostaríamos de relembrar que o Campeonato de Portugal é a competição nacional com maior número de atletas, são cerca de 3000 jogadores que participam neste campeonato. O facto da competição ter sido interrompida não nos prejudica apenas em termos económicos, prejudica-nos também em termos profissionais e de performance", mencionam. 

"Estar sem competir durante tanto tempo não é benéfico para nenhum atleta. Os jogadores de alta competição dependem disso mesmo, da competição para se poderem valorizar e consequentemente dar seguimento às suas carreiras", sublinha o comunicado.

O grupo de capitães elogiam "o grande trabalho" que a Federação e o Sindicato dos Jogadores estão a realizar para "minimizar os eventos desta crise", sugerem o play-off a 16 equipas para se reduzir "o número de jogadores e clubes prejudicados".

«Assumimos e reconhecemos que quem vai na frente merece ser recompensado, logo, um play-off em que os primeiros classificados entrassem numa fase mais avançada seria um prémio merecido para as equipas que se encontravam no topo da tabela», pode ler-se.

O Mitchfoot sabe que a maioria dos jogadores que competem no Leça são na sua maioria jogadores profissionais que vivem só e exclusivamente do salário do futebol

No comunicado os jogadores mencionam que "a saúde e o bem estar estão acima de tudo" e a consciência de que "nunca será tomada a decisão ideal nem a mais justa" pede que menos clubes e jogadores sejam prejudicados.

A fase regular do campeonato de Portugal não se vai realizar mais, mas o comunicado da Federação deixou em aberto a hipótese de dois clubes subirem à II Liga. 

Convém não esquecer que é nestes clubes que se residem uma base de muitos jogadores de qualidade em Portugal, digamos assim a base do futebol.

O Campeonato de Portugal gere à sua volta cerca de 30 milhões de euros por ano. 

Na Série B o Leça com 46 pontos em quarto lugar a nove jornadas do fim estava a quatro pontos do Lusitânia de Lourosa que estava em segundo e o Espinho em terceiro a dois do segundo.

Na Série A o Vitória SC B em terceiro estava a quarto pontos do segundo lugar ocupado pelo Fafe (52) e o SC Braga B em quarto lugar a seis pontos, com 46 no total.

Na Série C o Anadia estava a apenas um ponto do segundo lugar ocupado pelo Benfica Castelo Branco e o Sertanense a quarto pontos no quarto lugar.

Na Série D o Alverca estava a quarto pontos dos primeiros dois classificados, o Olhanense e o Real que tem 57 pontos e o Louletano a seis pontos.

A decisão de como se vai realizar o play-off deve ser tomada esta quinta-feira depois das reuniões com todos os clubes do Campeonato de Portugal esta quarta e quinta em videoconferência com os dirigentes máximos de cada clube com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes e o presidente do Sindicato dos Jogadores profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista.



Fonte das Fotos: DR 


Diogo Bernardino