Estou no clube do meu coração
João Pedro, jogador do Leixões Sport Club, não esconde a felicidade por estar novamente ao serviço do emblema que defendeu dos 8 aos 19 anos de idade.
Considerando muito importante o triunfo no campo do Atlético, o lateral de 26 anos, olha para a deslocação às Aves com ambição, mas reconhece ao www.leixoessc.pt que não se trata de um jogo fácil. E João Pedro sabe bem do que fala, pois representou o Desportivo das Aves na época passada.
LSC – Até que ponto é que a vitória na Tapadinha foi importante?
João Pedro – Foi importante porque permitiu confirmar a nossa subida de rendimento. Já não ganhávamos há algum tempo para o campeonato, mas vínhamos de uma série de vários jogos sem perder, com bons triunfos nas taças de Portugal e da Liga pelo meio, e precisávamos de voltar ao trilho das vitórias na Liga. Todas as vitórias são positivas, mas esta foi saborosa por tudo isto. Acho que estivemos bem frente ao Atlético, controlámos a maior parte do jogo mesmo sem ter sempre a bola em nosso poder. Acima de tudo fomos coesos e eficazes. No entanto, este jogo já passou. Agora só pensamos no próximo e queremos dar continuidade ao bom resultado do último domingo.
LSC – Vamos jogar fora novamente, desta vez na Vila das Aves, frente ao seu anterior clube. Como é jogar nas Aves? O que é preciso fazer para sair de lá com a vitória?
JP – É muito difícil. É um campo muito complicado para quem lá vai jogar, nunca há facilidades. Tenho lá muitos amigos, fui sempre muito bem tratado, mas quero sair de lá com uma vitória. Nós somos o Leixões e o Leixões joga para ganhar em qualquer lado. No sábado esse vai ser o nosso pensamento. Temos de jogar à imagem do último jogo, ser inteligentes com e sem bola. Só assim podemos vencer uma equipa que é forte e cuja classificação não traduz o seu valor.
LSC – Como foi este seu regresso ao Leixões, clube que representou durante muitos anos nos escalões jovens?
JP – Está a ser maravilhoso. Joguei aqui mais de dez anos. Dos 8 anos, das escolinhas, até aos juniores. Depois estive seis anos noutros clubes. Não podia estar mais contente com este regresso porque estou no clube do meu coração. Gostava muito de poder ajudar o Leixões a viver grandes momentos. Como adepto, presenciei as subidas à Liga de Honra e depois à 1.ª Divisão e gostava muito de viver um momento desse género. Sei que os nossos objectivos passam apenas por fazer uma época tranquila, longe de sobressaltos, mas sonhar não custa e, volto a dizer, gostava muito de estar ligado a um grande momento do Leixões. Como ir a uma final da Taça de Portugal, por exemplo. É algo que, se acontecesse, ficaria marcado na minha vida para sempre.
LSC – Que diferenças encontrou no clube em relação ao tempo em que cá esteve?
JP – Como só tinha jogado nas camadas jovens, não posso fazer uma comparação correcta porque o futebol profissional é muito diferente. Mas encontrei a mesma paixão, a mesma alegria, o sentimento natural de ser do Leixões. Reencontrei também os maravilhosos adeptos do Leixões que vão com a equipa para todo o lado. Eu já fui um deles e sei o que eles sofrem pela equipa. Eles são muito importantes para a equipa. Já sabia disso antes e agora ainda percebo melhor. Aproveito esta ocasião para lhes pedir que continuem a apoiar-nos, porque nós vamos fazer tudo para lhes dar muitas alegrias. Nesta fase difícil, mais uma, que vem aí, com vários jogos muito exigentes (Aves, Santa Clara, mais as taças), o apoio deles será fundamental para obtermos bons resultados.