Excelente trabalho jornalístico do grupo SOMOS LEIXÕES, conduzido por João Pedro Faria. Neste momento conturbado do universo leixonense, todas as questões foram postas ao presidente da SAD e respondidas com clarividência.
CARLOS OLIVEIRA
“Lutarei até ao último minuto”
Carlos Oliveira, presidente da SAD do Leixões, aborda no nosso grupo vários temas do universo leixonense. A apresentação dos assuntos foi uma escolha nossa, bem como a respetiva ordem. Aqui e agora, cá está a atualidade do Leixões, logicamente sob o ponto de vista do presidente da Sociedade Anónima Desportiva rubro branca. Com revelações e a confirmação de alguns dados que já eram mais ou menos conhecidos.
INSCRIÇÃO NA LIGA - O presidente diz que nunca teve um ano tranquilo. “Estou no Leixões desde 2004 e isto aconteceu sempre. É preciso dinheiro para que as certidões das Finanças e da Segurança Social sejam emitidas. Estamos a falar de perto de meio milhão de euros. É um problema, mas já tivemos maiores. Tudo tem de estar resolvido até 15 dias do início dos jogos oficiais, ou seja, até meio de julho”.
SAD VENDIDA? – Adianta que tem havido contactos, mas garante ser mentira que tudo esteja resolvido e que esteja para entrar uma pipa de massa no Leixões. “Antes fosse verdade! É preciso que quem queira entrar coloque dinheiro no Leixões. Mas temos de ter garantias. Nunca irei cair no erro do Boavista, do tempo do presidente Joaquim Teixeira, que apresentou Sérgio Silva, que no fundo era um aventureiro e não deu em nada”.
INVESTIDOR INTERESSADO - Revela que há um grupo do Extremo Oriente interessado em investir no Leixões. “Há dois meses que decorrem as negociações, mas só na semana passada chegaram cá para fazer uma rigorosa verificação de contas. Estão interessados, mas é um processo que demora tempo. É possível que adquiram 51% do capital e, nesse caso, eu estaria disponível para deixar a presidência da SAD, mantendo-me como membro da administração”.
SAD SEM QUORÚM - Frisa que é necessário a entrada de mais um administrador. “A SAD do Leixões devia ter, no mínimo, três elementos, mas só estou eu e a dona Sílvia Carvalho. É fundamental que entre mais uma pessoa, mas terá de ser sem receber salário. Não há outra hipótese”.
PEDIDO DE INSOLVÊNCIA – Confirma que Afonso Sousa, antigo massagista do Leixões, pediu a insolvência da SAD. “Dá a ideia que o está a fazer por maldade. Não aceitou uma proposta nossa, mas devia, no mínimo, suspender o processo. Estão em causa cerca de 20 e tal mil euros. Até para ele, é melhor que o Leixões se consiga inscrever na Liga. Se a SAD acabar, não recebe nada”.
NOVO TREINADOR – Garante que nenhum dos nomes já falados [Sérgio Ribeiro e Fernando Mira, entre outros] é verdade. “Não houve convites, porque não quero prejudicar ninguém. Enquanto não tiver a inscrição na Liga totalmente resolvida, não vou convidar ninguém. Estamos atrasados, mas não será por aí. Acredito que rapidamente se conseguirá recuperar”.
HORÁCIO GONÇALVES PODE FICAR - “Se a SAD não passar a ser controlada em 51% por outro investidor, será a primeira pessoa que irei convidar. Disse isso ao treinador, no final da época e mantenho a minha palavra. Agora, com outras pessoas à frente, é natural que optem por outros treinadores. Temos de esperar mais uns dias”.
JOGADORES – Revela que ainda não fez nenhuma contratação. “Temos cinco ou seis jogadores que transitam da época passada e mais alguns ex-juniores. Estamos atrasados, mas o mercado também atravessa uma fase difícil e há margem para recuperar, assim os problemas financeiros sejam desbloqueados”.
FELICIANO – Confirma que Feliciano foi o único que não assinou o acordo, devido aos salários em atraso. “Não se portou bem. Convidei-o para duas reuniões e não apareceu. É um problema de carácter e de falta de solidariedade para com os colegas. Tivemos de pagar-lhe tudo. Até aí, o meu dinheiro chegou para resolver o problema, mas já meti no Leixões mais de dois milhões de euros. É muito dinheiro e não tenho condições para continuar a colocar dinheiro no Leixões”.
JEAN SONY - Sustenta que o haitiano pode sair, mas ainda não está vendido. “Estamos a tentar evitar que o Leixões seja obrigado a pagar 80 mil euros/ano, como está no seu contrato, automaticamente atualizado todos os anos. Não nos interessa ter um jogador tão caro e ele próprio merece mais. Na nova época, não vamos poder pagar a ninguém mais de 1500 euros/mês. Em Portugal, o Sony dificilmente ficará. Há uma hipótese para ir para a Roménia [Petrolul Ploiesti], mas para isso são necessárias garantias...”.
SÓCIOS – Revela que o Leixões tem pouco mais de 2000 pagantes. “É mau, mas é a realidade. Percebo as dificuldades das pessoas e sei que a quotização representa apenas 10% do orçamento. O grupo de trabalho criado pelos movimentos de apoio ao Leixões defende a descida do preço das quotas. O ideal seria baixar, para recuperar muitos sócios, mas temos de ver que o futebol tem custos brutais e é necessário pensar bem nesta situação, antes de tomar decisões”.
MENSAGEM AOS LEIXONENSES – Sustenta que não vira a cara às adversidades. “Lutarei até ao último minuto para tentar convencer as pessoas a ajudar o Leixões. Vou a todas e a falo com todos, na tentativa de melhorar a situação”.
Por João Pedro Faria
CARLOS OLIVEIRA
“Lutarei até ao último minuto”
Carlos Oliveira, presidente da SAD do Leixões, aborda no nosso grupo vários temas do universo leixonense. A apresentação dos assuntos foi uma escolha nossa, bem como a respetiva ordem. Aqui e agora, cá está a atualidade do Leixões, logicamente sob o ponto de vista do presidente da Sociedade Anónima Desportiva rubro branca. Com revelações e a confirmação de alguns dados que já eram mais ou menos conhecidos.
INSCRIÇÃO NA LIGA - O presidente diz que nunca teve um ano tranquilo. “Estou no Leixões desde 2004 e isto aconteceu sempre. É preciso dinheiro para que as certidões das Finanças e da Segurança Social sejam emitidas. Estamos a falar de perto de meio milhão de euros. É um problema, mas já tivemos maiores. Tudo tem de estar resolvido até 15 dias do início dos jogos oficiais, ou seja, até meio de julho”.
SAD VENDIDA? – Adianta que tem havido contactos, mas garante ser mentira que tudo esteja resolvido e que esteja para entrar uma pipa de massa no Leixões. “Antes fosse verdade! É preciso que quem queira entrar coloque dinheiro no Leixões. Mas temos de ter garantias. Nunca irei cair no erro do Boavista, do tempo do presidente Joaquim Teixeira, que apresentou Sérgio Silva, que no fundo era um aventureiro e não deu em nada”.
INVESTIDOR INTERESSADO - Revela que há um grupo do Extremo Oriente interessado em investir no Leixões. “Há dois meses que decorrem as negociações, mas só na semana passada chegaram cá para fazer uma rigorosa verificação de contas. Estão interessados, mas é um processo que demora tempo. É possível que adquiram 51% do capital e, nesse caso, eu estaria disponível para deixar a presidência da SAD, mantendo-me como membro da administração”.
SAD SEM QUORÚM - Frisa que é necessário a entrada de mais um administrador. “A SAD do Leixões devia ter, no mínimo, três elementos, mas só estou eu e a dona Sílvia Carvalho. É fundamental que entre mais uma pessoa, mas terá de ser sem receber salário. Não há outra hipótese”.
PEDIDO DE INSOLVÊNCIA – Confirma que Afonso Sousa, antigo massagista do Leixões, pediu a insolvência da SAD. “Dá a ideia que o está a fazer por maldade. Não aceitou uma proposta nossa, mas devia, no mínimo, suspender o processo. Estão em causa cerca de 20 e tal mil euros. Até para ele, é melhor que o Leixões se consiga inscrever na Liga. Se a SAD acabar, não recebe nada”.
NOVO TREINADOR – Garante que nenhum dos nomes já falados [Sérgio Ribeiro e Fernando Mira, entre outros] é verdade. “Não houve convites, porque não quero prejudicar ninguém. Enquanto não tiver a inscrição na Liga totalmente resolvida, não vou convidar ninguém. Estamos atrasados, mas não será por aí. Acredito que rapidamente se conseguirá recuperar”.
HORÁCIO GONÇALVES PODE FICAR - “Se a SAD não passar a ser controlada em 51% por outro investidor, será a primeira pessoa que irei convidar. Disse isso ao treinador, no final da época e mantenho a minha palavra. Agora, com outras pessoas à frente, é natural que optem por outros treinadores. Temos de esperar mais uns dias”.
JOGADORES – Revela que ainda não fez nenhuma contratação. “Temos cinco ou seis jogadores que transitam da época passada e mais alguns ex-juniores. Estamos atrasados, mas o mercado também atravessa uma fase difícil e há margem para recuperar, assim os problemas financeiros sejam desbloqueados”.
FELICIANO – Confirma que Feliciano foi o único que não assinou o acordo, devido aos salários em atraso. “Não se portou bem. Convidei-o para duas reuniões e não apareceu. É um problema de carácter e de falta de solidariedade para com os colegas. Tivemos de pagar-lhe tudo. Até aí, o meu dinheiro chegou para resolver o problema, mas já meti no Leixões mais de dois milhões de euros. É muito dinheiro e não tenho condições para continuar a colocar dinheiro no Leixões”.
JEAN SONY - Sustenta que o haitiano pode sair, mas ainda não está vendido. “Estamos a tentar evitar que o Leixões seja obrigado a pagar 80 mil euros/ano, como está no seu contrato, automaticamente atualizado todos os anos. Não nos interessa ter um jogador tão caro e ele próprio merece mais. Na nova época, não vamos poder pagar a ninguém mais de 1500 euros/mês. Em Portugal, o Sony dificilmente ficará. Há uma hipótese para ir para a Roménia [Petrolul Ploiesti], mas para isso são necessárias garantias...”.
SÓCIOS – Revela que o Leixões tem pouco mais de 2000 pagantes. “É mau, mas é a realidade. Percebo as dificuldades das pessoas e sei que a quotização representa apenas 10% do orçamento. O grupo de trabalho criado pelos movimentos de apoio ao Leixões defende a descida do preço das quotas. O ideal seria baixar, para recuperar muitos sócios, mas temos de ver que o futebol tem custos brutais e é necessário pensar bem nesta situação, antes de tomar decisões”.
MENSAGEM AOS LEIXONENSES – Sustenta que não vira a cara às adversidades. “Lutarei até ao último minuto para tentar convencer as pessoas a ajudar o Leixões. Vou a todas e a falo com todos, na tentativa de melhorar a situação”.
Por João Pedro Faria