FIM DO SONHO!
Play off da II Divisão
Local: Campo de Futebol, Adelino Rodrigues, Madeira
Árbitro:Nuno Almeida (Algarve)
A equipa do Padroense despediu-se da Madeira, sem glória mas com muita honra.
Padroense perdeu, mas convenceu, demonstrando muita qualidade, muito querer e muita determinação, de facto os matosinhenses, tiveram prestações notáveis ao longo deste mini-campeonato, faltando aqui e ali, uma pontinha de sorte que protege os campeões.
Fica a satisfação, de ser a equipa que melhor futebol praticou (dito pelos seus adversários), e uma coisa é certa, a equipa do Padroense, pela qualidade demonstrada, vai com certeza fazer com que o organismo (FPF) que tutela a competição, pense e altere o regulamento, pois só em Portugal, é que a equipa que vence a sua Serie, não sobe de divisão automaticamente.
Toni, aos 33 minutos, e Rúben Andrade, aos 75, de grande penalidade, foram os autores da vitória da formação madeirense. Terminando assim o sonho do Padroense.
UNIÃO DA MADEIRA 2 PADROENSE -MATOSINHOS 0
UNIÃO DA MADEIRA. Adriano Fachini, Alex Silva, Emerson, Ervões, Tiago, Tony, Ruben Andrade, Gleibson, Hugo Santos (Steve), Hernâni (Roberto) e Bertinho. Treinador, Daniel Ramos
PADROENSE F C: Marco, Paulinho (Bosingwa), Armando, Vila e Vítor Lobo; Daniel (Orriça), André Simões, Mariano; Silva, Marcão e Mário Costa (Miguel) Treinador, Augusto Mata.
Ao intervalo: 1-0, golos, Tony (33) e Ruben Andrade (75)
MALDITOS PONTAPÉS DE CANTO.
Ao contrário da jornada anterior, a equipa do Padroense, não entrou adormecida no jogo. Com um inicio muito intenso por parte das duas equipas, com jogas ofensivas de relativo perigo, o jogo desenrolasse numa toada de equilibriu, só muito perto dos 30 minutos é que a equipa da casa começa a comandar as operações, altura em que abre o activo, aos 33 minutos através de um pontapé de canto e Tony a desviar de cabeça ao primeiro poste, praticamente na jogada seguinte, é a vez de Gleibson enviar a bola à barra da baliza de Marco. Assistiu-se depois a uma excelente reacção da equipa de Matosinhos, mas sem resultados práticos, pois o resultado não se alterou até ao fim dos primeiros 45 minutos. Uma excelente primeira parte, disputada palmo a palmo, com as equipas a encararem-se olhos nos olhos, sorrindo a sorte aos anfitriões.
MERECIA MAIS A EQUIPA DO PADROENSE.
Na etapa complementar, embora menos intenso, foi a equipa do Padroense, que mais fez por alterar o placard. A equipa do União, experiente e bem posicionada no terreno, joga com o bloco baixo, explorando em transições rápidas a bem estruturada defensiva do Padroense, Os Bravos de Matosinhos, encontrando-se agora por cima do jogo, dispuseram de algumas boas oportunidades de igualar a partida, Marcão serve André Simões e o médio remata de fora da área forte mas ao lado da baliza do União, iam decorridos 60 minutos, aos 63 minutos, Silva, em excelente jogada individual, em velocidade, característica do avançado matosinhense, põe os nervos em franja aos adeptos locais, na sequencia da jogada, Marcão atrapalha-se e gora-se a oportunidade de empatar a partida, por cima do jogo, o Padroense, empurra a equipa do União para o seu reduto defensivo, e quando ninguém esperava, em joga de contra ataque,Daniel derruba Hernâni dentro da área de rigor, penalti prontamente assinalado e Ruben Andrade, na conversão não desperdiça e põe ponto final no concerne ao vencedor do jogo, iam decorridos 75 minutos. De referir que os jogadores do Padroense, nunca baixaram os braços, acreditando! Lutaram sempre, até ao apito final, como se do último jogo das suas vidas se trata-se.
Em síntese, parabéns ao União da Madeira, e aos seus adeptos pela forma como receberam a equipa de Matosinhos, parabéns à equipa do Padroense, que foram Bravos e elevaram bem alto o nome da Cidade de Matosinhos.
Augusto Mata, técnico Padroense.
É triste perder assim; ando nisto há 50 anos e nunca vi uma arbitragem destas; o árbitro deixou jogar de qualquer maneira; venceu quem teve mais físico, parabéns U. Madeira
Vasco Pinho, gestor desportivo do Padroense.
“E assim termina um sonho. Pessoalmente este é o momento mais triste dos meus 21 anos de ligação ao desporto. Porem, Foi uma honra ter feito parte desta equipa de Campeões. Ninguém apagará esta que foi a melhor época dos 89 anos de história do Padroense!
Fotos, gentilmente cedidas pela Rádio União.”