Declarações de Litos, treinador do Leixões Sport Club, ao leixoessc.pt na antevisão do jogo com o Fátima LSC – Três empates consecutivos deixaram o Leixões mais longe dos lugares cimeiros da tabela e do grande objectivo da época. Em Fátima, até que ponto é que os resultados dos últimos jogos podem influenciar a forma de actuar do Leixões? Litos – Não podem influenciar. O Leixões, pela importância e prestígio que tem, encara todos os jogos da mesma forma, sempre com o objectivo de vencer. Sempre disse, desde que aqui cheguei, que tínhamos de pensar jogo a jogo e é isso que vamos fazer. Preparámos o jogo de Fátima da mesma forma de todos os outros, com o objectivo de conquistar os três pontos que estão em disputa. Nem o que está para trás nem o que ainda aí vem pode influenciar a nossa maneira de estar dentro do campo. LSC – Mas a tarefa está muito complicada… L – Quando aqui cheguei a margem de erro já era reduzidíssima. Estávamos praticamente obrigados a vencer todos os jogos. Isso acabou por criar alguma ansiedade que nos levou a cometer alguns erros que nos custaram pontos. Como candidatos assumidos que somos à subida de divisão, a ansiedade e a necessidade de ter de ganhar sempre criaram, muitas vezes, algum nervosismo e alguma ansiedade nos jogadores. Isso foi evidente nestes últimos dois jogos, em que tivemos os três pontos na mão e acabámos por os deixar fugir nos últimos instantes em lances perfeitamente evitáveis. Sofremos dois golos de bola parada, um num canto, outro num livre, golos que, em condições normais, não sofreríamos. No entanto, no futebol são os números que decidem. E, olhando para a classificação, nós não estamos arredados da luta. Se há uma coisa que posso garantir é que não vamos desistir de lutar. Enquanto houver possibilidades, contém connosco para lutar. A nossa história e os nossos adeptos – que têm tido um comportamento maravilhoso no apoio à equipa – obrigam-nos a que seja assim. Não pode ser de outra forma. LSC – O Fátima está ávido de pontos para fugir à despromoção. Espera um adversário fechado a lutar por um pontinho ou uma equipa aberta em busca da vitória? L – Parece-me que, nesta altura, só lhes interessará a vitória, pelo que espero um jogo aberto de parte a parte, pois nós também só pensamos em vencer. Vamos ver como corre o jogo, mas o nosso objectivo passa por assumir o jogo, como é habitual. LSC – Tem baixas na equipa para domingo? L – O Félix muito dificilmente recuperará do problema muscular que contraiu frente ao Estoril. E o Tiago Cintra, o Tales e o Seabra também estão fora de hipóteses. Cabe-me encontrar soluções para estes problemas e tenho-as dentro deste plantel. LSC – Esta semana começaram a treinar com os seniores alguns sub-19 (Nélson Sampaio, Luís Silva e João Beirão). Em Janeiro já tinha sido integrado o guarda-redes Ricardo Pinto. Isto significa o quê? L – Significa que estamos atentos àquilo que foi o trajecto de todos eles esta época. Temos informações detalhadas desses que referiu, mas também de todos os outros atletas da formação, porque o Leixões tem um manancial muito grande de miúdos que podem vir a ser úteis ao Clube. O Campeonato acabou para os sub-19, pelo que a integração deles no trabalho dos seniores pode-se considerar uma espécie de triagem. Queremos ver como reagem em situações de maior exigência e queremos recolher dados com vista ao futuro. O futuro do futebol português, e do Leixões em particular, tem de passar por uma boa parte de jogadores oriundos dos escalões de formação. E o Leixões tem uma história muito rica nesse aspecto. Quem não se lembra dos famosos bebés?